Economia e mercado 19 Fev
Em comunicado público divulgado nesta semana, a associação que representa as fabricantes de chips na Europa pediu que a Comissão Europeia não siga o exemplo dos Estados Unidos na sua relação com a China.
Segundo a SEMI, as sanções devem ser "o último recurso", uma vez que as parcerias de livre comércio são a melhor maneira de garantir a segurança "em cenários de crise geopolítica".
A fim de garantir o sucesso e a prosperidade a longo prazo da indústria europeia de semicondutores, nossas empresas devem ser o mais livres possível em suas decisões de investimento ou correm o risco de perder sua agilidade e relevância.
A SEMI também argumenta que a China está criando um ecossistema de chips independente e isso pode prejudicar empresas como a ASML.
Esse documento da associação é uma resposta aos planos da Comissão Europeia de "harmonizar" as restrições à exportação de chips e outras tecnologias para a China.
O órgão também quer controlar o investimento de empresas europeias no país para evitar "uma ameaça à segurança".
A SEMI argumenta que essa limitação ao investimento pode desencorajar empresas a investirem na própria Europa e "minar o sucesso da Lei Europeia de chips".
O bloco também tem um projeto que busca atrair fábricas de empresas como a TSMC e, para isso, Bruxelas deve conceder incentivos fiscais.
Por fim, a SEMI pede que os países da Europa sejam uma "voz" moderada.
À luz das recentes tensões geopolíticas e do papel proeminente que os controles de exportação na indústria de semicondutores têm desempenhado nisso, tornou-se cada vez mais necessário que a UE seja moderada.
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