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OMS prevê que superbactérias serão mais mortais que o câncer a partir de 2050

25 de julho de 2024 4

Atualmente, existem diversas doenças que realmente são assustadoras devido sua mortalidade, como, por exemplo, os problemas de coração, pulmonares e até mesmo o câncer. Contudo, parece que algo ainda mais assustador pode surgir no futuro, como explica a própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a OMS, a resistência antibiótica pode trazer problemas devastadores para a humanidade no futuro. É estimado que a partir do ano de 2050, as bactérias que se tornarem mais resistentes a antibióticos poderão matar cerca de 10 milhões de pessoas anualmente. Esse número é muito maior que mortes causadas pelo câncer.

Mas como as bactérias podem conseguir adquirir resistência? É simples: devido ao uso inapropriado de antibiótico, além de ser estendida à produção animal e agrícola também.

O Dr. Fernando Henrique Gonçalves, médico intensivista do Hospital VITA, comentou sobre como a resistência bacteriana é um dos principais problemas a ser discutido na medicina. Veja abaixo:

A resistência bacteriana aos antibióticos é, atualmente, um dos problemas de saúde pública mais relevantes, uma vez que muitas bactérias, anteriormente suscetíveis aos antibióticos usualmente utilizados, deixaram de responder a esses mesmos agentes. A resistência aos antibióticos é responsável por consequências clínicas e econômicas graves, relacionadas com o aumento da morbilidade e mortalidade devido ao atraso na administração de tratamentos eficazes contra as infecções causadas por bactérias resistentes.

Essa resistência antibiótica consegue piorar não só quadro infeccioso, mas também coloca em risco ao prejudicar todo o tratamento focado em infecções causadas por vírus, parasitas, fungos e mais.


Além de ser um problema para a saúde pública, essa resistência pode prejudicar a economia dos pacientes, pois se o antibiótico não surte efeito, o valor gasto com medicações e internações tende a sofrer um aumento considerável.

Vale destacar que há algumas formas de mudar e até mesmo evitar esse cenário, como, por exemplo, evitar a automedicação, completar um tratamento mesmo que o paciente melhore antes de encerrar e restringir consumo de antibiótico na prática veterinária e na produção animal.

Fungos podem ser um problema também no futuro, principalmente após relatos de uma doença sexualmente transmissível causada por fungos.

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