Segurança 31 Mai
Os famosos "golpes do Pix" já resultaram em um prejuízo de R$ 1,5 bilhão em 2023. A informação foi levantada pela empresa de pagamentos em tempo real ACI Worldwire e divulgada pela Folha.
Conforme explica o estudo, a cada R$ 10 mil movimentados por meio do Pix ou TED, cerca de R$ 7 teve fins fraudulentos, sendo que o levantamento considera apenas os chamados "golpes financeiros".
Ou seja, quando o cliente é induzido a fazer a transferência para a conta do criminoso, usando as suas próprias credenciais. Já as fraudes que conseguem contornar a segurança dos bancos ficaram de fora.
Nos Estados Unidos, onde há menos vigilância dos bancos, R$ 232 a cada R$ 10 mil movimentados em pagamentos instantâneos têm destino fraudulento.
O estudo explica que sites e mensagens falsas são a principal "isca" para aplicar golpes. Um exemplo dessa abordagem envolve o SMS falso dos Correios, indicando que uma encomenda internacional foi barrada e taxada pela Receita Federal.
Esses são os golpes mais comuns:
- 27% pagamento antecipado por produtos ou serviços
- 20% transferência para compra de produtos
- 17% ofertas de falsos investimentos
- 10% pagamento de dívidas em aberto
- 7% falso romance onde o golpista finge estar interessado na vítima
- 7% doação para causas e desastres naturais (Rio Grande do Sul).
Os dados também demonstram que mais de 60% dos golpes envolvem transferências de menos de R$ 7.000, sendo que a previsão é de que as perdas com golpes do Pix possam chegar a R$ 3 bilhões em 2027.
Por isso, a orientação da ACI é sempre desconfiar de sites que oferecem produtos abaixo do preço de mercado, sempre verificar o remetente do SMS de cobrança, desconfiar de perfis que pedem dinheiro no Tinder e de investimentos que prometem retornos extraordinários.
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