Economia e mercado 22 Ago
Atualização (04/09/24) - JB
A Comissão de Segurança de Produtos dos Estados Unidos (CPSC) deve abrir uma investigação formal contra Shein e Temu após uma análise sul-coreana revelar que muitos produtos vendidos pelas varejistas apresentam altos níveis de toxidade.
Segundo os comissários Peter Feldman e Douglas Dziak, é preciso que a agência avalie como essas empresas atuam no mercado norte-americano e se elas estão seguindo as regras de segurança de produtos dos EUA.
Eles também querem saber se Shein e Temu fiscalizam a qualidade de produtos fornecidos por terceiros por meio do seu marketplace e quais medidas as empresas adotaram após a análise coreana.
Por enquanto, as empresas não comentaram o assunto. Mesmo assim, tem crescido um movimento parlamentar nos EUA para que o governo revise e até anule a regra que isenta importações abaixo dos US$ 800.
Muitos deputados democratas e republicanos apontam que Shein, Temu e outras varejistas chinesas só estão crescendo porque "se aproveitam" dessa regra para minar a concorrência dentro dos EUA.
Um grupo de deputados chegou a protocolar um projeto de lei para anular a isenção, mas o tema não foi debatido ainda.
Resposta da Temu Brasil
Em nota enviada ao TudoCelular, a Temu Brasil disse:
A Temu exige que todos os vendedores em nossa plataforma cumpram as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo aqueles relacionados à segurança do produto. Nossos interesses estão alinhados com os da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA (CPSC) em garantir a proteção do consumidor e a segurança dos produtos, e cooperaremos totalmente com qualquer investigação.
Texto original (15/08/24)
Produtos e acessórios vendidos pela Shein e Temu foram reprovados pelas autoridades da Coreia do Sul por conter substâncias tóxicas centenas de vezes acima do permitido.
Segundo a agência AFP, os testes realizados em Seul mostraram que um par de sapatos da Shein tem níveis 229 vezes acima do limite legal de ftalatos, que é um produto químico capaz de tornar o plástico mais flexível.
O formaldeído, que é um produto usado na construção civil, foi detectado em bonés da Shein em níveis duas vezes maior que o permitido.
Já os frascos de esmalte continham dioxano, uma substância potencialmente cancerígena para humanos, em níveis superiores a 3,6 vezes o limite legal.
Outro exemplo citado pelas autoridades sul-coreanas envolve sandálias vendidas pela Temu, que tinham chumbo nas palmilhas em níveis 11 vezes acima do permitido.
Apesar de citar apenas casos envolvendo produtos que entram em contato direto com o corpo humano, as autoridades sul-coreanas também reprovaram equipamentos eletrônicos e brinquedos vendidos por outras gigantes chinesas.
Comentando o assunto, a Shein disse à AFP que trabalha fiscalizando seus fornecedores.
Nossos fornecedores são obrigados a cumprir os controles e padrões que implementamos, bem como as leis e regulamentos de segurança do produto nos países em que operamos.
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Já a Temu disse que retirou os produtos apontados como irregulares do seu catálogo.
Removemos rapidamente essas listagens de produtos de nosso mercado global e estamos aprimorando nossos sistemas e orientações para os comerciantes para garantir que eles cumpram os padrões de segurança e os regulamentos locais.
Cabe lembrar que Shein, Temu e AliExpress tem crescido não apenas no Brasil, mas também na Coreia do Sul, Estados Unidos e União Europeia.
Por isso, a tendência é de que essas empresas comecem a receber mais atenção das autoridades.
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