Economia e mercado 01 Dez
A China resolveu retaliar formalmente as últimas sanções dos Estados Unidos, vetando a venda de uma série de materiais e componentes essenciais para a fabricação de semicondutores avançados.
Conforme informado por Pequim, os EUA agora precisam de licenças especiais para usar o gálio, o antimônio e o germânio na produção de "chips civis". A medida vale para todas as empresas do país, como Intel, AMD, Apple e outras.
Além disso, a exportação de grafite, que é outro componente crucial na produção de chips, também está sujeita a "revisões mais estritas dos usos e usuários finais".
Por mais que o veto ao uso de minerais seja algo considerado "inferior" ao que os EUA tem feito, a China detém o monopólio no processamento desses materiais para a produção de chips.
Em seu comunicado, o Ministério de Comércio da China disse que as sanções buscam assegurar a "segurança nacional".
Para proteger os interesses de segurança nacional e cumprir as obrigações internacionais como a não proliferação de armas, a China decidiu reforçar os controles da exportação em artigos de uso dual para os Estados Unidos.
A China também proibiu que os EUA comprem qualquer um dos materiais citados para a produção de armas ou chips que possam abastecer as forças armadas do país.
Comentando o assunto para a Reuters, analistas de mercado acreditam que o próximo passo da China é vetar o uso de outros minerais críticos, como níquel e cobalto.
A China vem sinalizando há algum tempo que está disposta a tomar essas medidas, então quando os EUA vão aprender a lição? A única mina de níquel dos EUA vai encerrar sua produção em 2028.
Por enquanto, o governo dos EUA disse que está analisando as sanções chinesas e que deve tomar "medidas necessárias" em breve.
Cabe lembrar que a China também começou a retaliar os EUA focando em empresas do país, sendo que a primeira a ser sancionada foi uma fabricante de drones.
Comentários