Economia e mercado 05 Dez
Quatro das principais associações de chips da China emitiram um alerta conjunto afirmando que os "chips dos Estados Unidos não são seguros". O documento foi divulgado logo após o governo norte-americano aplicar mais sanções contra empresas chinesas.
Com isso, essas associações buscam influenciar o governo chinês a cortar o uso de processadores da Intel, AMD e até mesmo placas da NVIDIA em PCs usados em repartições públicas e empresas estatais.
Outra consequência desse alerta pode ser o veto a venda de alguns desses chips para "consumidores comuns" no mercado interno da China.
Conforme explicam alguns analistas de mercado consultados pela Reuters, essas associações representam cerca de 6.400 empresas chinesas dos mais diversos segmentos de mercado.
Por isso, apesar de não indicar os motivos exatos da "falta de segurança" dos chips americanos, o alerta deve influenciar na compra de novos equipamentos.
A China estava se movendo devagar em termos de retaliação aos EUA, mas parece que agora os chineses estão dispostos a brigar.
Em conta no WeChat, essas associações recomendam que as empresas chinesas usem chips de fabricantes de outros países, mesmo que elas sejam aliadas dos EUA.
Além disso, também é indicado a compra de chips nacionais, uma vez que a China tem tentado alcançar a "autossuficiência" na produção de chips.
Empresas dos EUA respondem
Após o comunicado dos chineses se tornar público, a Associação da Indústria de Semicondutores dos EUA, que representa as principais fabricantes do país, negou qualquer problema de segurança nas soluções dos seus clientes.
Chamadas coordenadas na China para limitar a aquisição de chips dos EUA são inúteis, e quaisquer alegações de que os chips americanos 'não são mais seguros ou confiáveis' são simplesmente imprecisas.
Além disso, a associação também ressaltou que não concorda com a forma que os EUA tem promovido a guerra comercial.
os controles de exportação devem ser restritos e direcionados para atender a objetivos específicos de segurança nacional ... Encorajamos ambos os governos a evitar uma nova escalada.
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