O YouTube anunciou que começará a combater vídeos com clickbaits graves, “escandalosos”. A medida vem sob o intuito de melhorar o conteúdo da plataforma, evitando com que espectadores se sintam enganados ou até frustrados.

Em comunicado, o YouTube prometeu aumentar seus esforços para fiscalizar conteúdos com clickbaits graves, onde o título ou miniatura do vídeo promete algo que o próprio não entrega. Em especial, o foco inicial será para conteúdos de notícias e eventos.

De acordo com o próprio serviço, um exemplo de "clickbait grave" é quando um vídeo anuncia que ‘o presidente renunciou’, mas não há nenhuma informação sobre a suposta renúncia. Da mesma forma, uma miniatura com a chamada ‘principais notícias políticas’, mas sem abordar nada do tipo, também se enquadra na mesma categoria. Ambos estariam sujeitos às novas ações de execução da plataforma.

O YouTube afirma que esses vídeos deixam os usuários se sentindo enganados, frustrados ou até propensos a erros se estão recorrendo ao serviço em busca de informações verdadeiras sobre determinadas questões. E não há como negar: afinal, quem nunca caiu em um clickbait e ficou com raiva ou frustrado pelo vídeo não abordar o conteúdo prometido?

Segundo o comunicado da empresa, as novas medidas começarão a ser aplicadas primeiro na Índia, sob a expectativa de que cheguem também para outros territórios em algum momento em um futuro próximo.

Para garantir que os criadores terão tempo para se adaptar aos novos requisitos, inicialmente, a plataforma afirma que excluirá os vídeos que violam as políticas de clickbait sem emitir nenhum strike para o canal. À medida que os esforços avançam, a plataforma deve começar a priorizar também novos uploads, garantindo que não chegarão muito longe.

Ainda na mesma direção, o YouTube anunciou, no último mês de abril, uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) capaz de resumir o conteúdo dos vídeos, permitindo que o usuário saiba, de ante mão, se a mídia traz o conteúdo que ele procura; o que pode ajudar a combater os famosos clickbaits. No entanto, ao menos até agora, o recurso não está amplamente disponível.