Um comitê do Congresso dos Estados Unidos pediu que os consumidores norte-americanos deixem de usar roteadores e modems fabricados na China, incluindo dispositivos da gigante TP-Link.

Segundo membros do parlamento, esses roteadores representam uma "ameaça à segurança nacional dos EUA", uma vez que "abrem portas" para que a China possa monitorar a infraestrutura crítica do país.

Além disso, o comitê reforçou, mais uma vez, a necessidade de que o Departamento de Comércio abra uma investigação completa contra a TP-Link, uma vez que a marca chinesa domina o mercado norte-americano de roteadores.

Conforme relatos de algumas fontes para a Reuters, esse é o primeiro passo do Congresso norte-americano em busca de proibir a venda de dispositivos da TP-Link nos EUA.

Comentando o assunto, Rob Joyce, ex-diretor de segurança cibernética da Agência de Segurança Nacional, disse que há brechas consideráveis de segurança nesses roteadores chineses.

Precisamos todos agir e substituir esses dispositivos para que eles não se tornem as ferramentas usadas nos ataques aos EUA.

Por outro lado, a TP-Link se manifestou dizendo que a empresa não está ligada ao governo chinês.

Nenhum governo tem acesso ou controle sobre o design e a produção de nossos roteadores. Quaisquer alegações sugerindo que nossos produtos representam um risco único para a segurança nacional dos EUA são infundadas e sem mérito.

A TP-Link também esclareceu que fabrica seus roteadores no Vietnã e que separou a sua divisão internacional da chinesa.

Ainda assim, os congressistas norte-americanos se dizem preocupados não apenas com os roteadores, mas também com os cortes que Donald Trump tem feito no funcionalismo público.

Isso porque a Casa Branca, por meio do DOGE de Elon Musk, demitiu 130 funcionários da agência que cuida da segurança cibernética do país.