Rumores 06 Ago
As tensões entre China e EUA vem crescendo cada vez mais, com cada lado anunciando seus planos de investir em tecnologia de maneira independente.Ainda assim, esse "período de transição", em que diversos banimentos e sanções econômicas vêm sendo aplicados, tem causado sérios problemas para o mercado da tecnologia, em especial para companhias como a Huawei, um dos principais alvos de políticas do governo norte-americano.
A fabricante chinesa já não possui mais acesso a tecnologias de origem ocidental, como o Google Play Services, e vem trabalhando duro para lidar com esses bloqueios, com seus próprios serviços já tendo sido implementados em seus smartphones e eletrônicos em geral. Agora, a empresa pode estar se preparando para dar um passo ainda maior, se levarmos em consideração recente declaração de Yu Chengdong, CEO da divisão de negócios para consumidores da empresa.
Durante a China Information Technology Conference 2020, Chengdong afirmou que o Hongmeng OS, conhecido no ocidente por Harmony OS, "se tornará um sistema global no futuro". O executivo revelou ainda que os smartwatches da companhia lançados neste ano já serão embarcados com o sistema, e que no futuro, todo o ecossistema de IoT da Huawei, incluindo PCs, tablets e até mesmo smartphones também deverão adotá-lo.
O Hongmeng OS, ou Harmony OS, foi lançado oficialmente em agosto do ano passado, diante das primeiras sanções econômicas norte-americanas e do, na época, possível bloqueio de acesso aos serviços da Google. Ainda que promissor, o sistema ainda não possui a mesma robustez do Android, conforme relataram desenvolvedores, e esteve restrito até então aos aparelhos mais simples da empresa.
Com as tensões entre Ocidente e Oriente aumentando, somados às declarações de Yu Chengdong, é quase certo que a Huawei deve enfim migrar completamente para seu próprio sistema operacional. As suspeitas são reforçadas por rumores que afirmam que a companhia apresentará seu Harmony OS 2.0 em setembro, durante a Huawei Developers Conference 2020.
Vale lembrar que a fabricante também deve sofrer mudanças drásticas em relação ao seu hardware, com o fim do estoque de processadores Kirin e da parceria entre TSMC e Huawei, em decorrência de sanções anteriores.
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