Ai ai esse 2020 que só não foi cancelado no Twitter porque não tem como. Em fevereiro nós mostramos para vocês aqui no TudoCelular a versão para desenvolvedores do Android 11. Muitas novidades, uma carinha um pouco diferente para o sistema, muitas promessas.

Promessas inclusive de vermos tudo no Google I/O que aconteceria em Maio. Sim, aconteceria, porque estamos em setembro e ele foi totalmente cancelado. Aí a Google maluca lança do mais absoluto nada a versão final do Android 11, libera sem nenhuma festinha.

Sem graça, eu sei, mas já instalamos por aqui e mostramos para vocês o que se concretizou, o que não chegou, enfim, vem com a gente aqui no TudoCelular.com.

Vamos falar dos principais destaques primeiro, as coisas que vão pular na sua frente quando você tiver um smartphone com Android 11, daqui uns três anos. Brincadeira, dois anos.

As notificações estão mais arrumadas. Agora, suas conversas ficam logo no começo da lista, agrupadas em uma área só, para não se perderem do restante. Você pode escolher apenas as mais importantes, como as da família, um amigo e, mantendo a conversa apertada, selecionar Prioridade.

A conversa com a pessoa irá aparecer na barra superior com foto, aparece no topo da lista e pode aparecer como balão. Sim, balões que nem aqueles do Messenger do Facebook, um tanto incômodos mas sim, deixam a conversa em destaque. Você também "baloniza" a conversa no pequeno botão quadrado na notificação.

A Google tinha falado em responder as conversas direto da notificação com mais recursos, mas isso não chegou.

Destaque também para mídias. Se você tem tanta notificação que precisa ficar rolando dezenas até encontrar o player da música que está tocando, lá embaixo, o Android 11 facilitou sua vida.

Agora, o player de música fica acima de todas as notificações, na mesma área dos atalhos, em uma área abaixo deles. Assim como os atalhos, aparece reduzido em uma primeira puxada, e mais completo em uma segunda puxada, com direito a um botão para escolher em qual lugar a música vai ser reproduzida. O mesmo menu fica na tela de bloqueio.

Tocando nele um menu inferior aparece, e nele você controla o volume ou já aproveita e escolhe uma nova fonte para o som, inclusive pareando um novo dispositivo Bluetooth.

Mas isso fez com que os atalhos tenham agora apenas duas linhas, e não três como antes. O espaço entre eles já é enorme, então agora vemos apenas seis por vez, e isso deverá atrapalhar o uso em telas maiores, cada vez mais populares.

Essa é uma função que já tínhamos apresentado no beta, e ela veio para ficar, ou quase. Ao manter o dedo na home, você acessa o menu Estilos e planos de fundo e lá, além dos wallpapers há a aba Estilo.

Com isso você monta visuais diferentes para o seu sistema, ou escolhe um dos pré escolhidos. Não é nada perto de temas como os da Xiaomi, mas você pode escolher entre quatro fontes, quatro estilos de ícones nos atalhos, oito cores e sete formatos de apps.

As fontes mudam no widget da Google e até nas informações que ficam no Always On display. Na versão beta havia também uma aba que esboçava estilos diferentes para o relógio, como vemos na OneUi da Samsung, mas isso foi eliminado.

Outra coisa que havia sido adiantada em versões beta anteriores é um novo menu no botão de energia. Ao ser apertado não aparece mais os botões no canto da tela, e você é levado para toda uma área nova.

Os botões de emergência, bloqueio total e desligar ficam em cima, com a área do Google Pay logo abaixo. E, abaixo dele, a maior área abriga atalhos para smart home, mostrando que o Google está empenhado em inserir isso na vida de todos os usuários.

Aqui você liga e desliga luzes, tomadas, TVs, aspiradores robô e outros. Dá até para escolher aplicativos diferentes do Google Home, mas ele não quis aceitar o Mi Home da Xiaomi.

A gravação de tela nativa saiu de uma coisa esquisita e simples e é uma feature completa e funcional agora. Escolhendo a opção nos atalhos, um menu superior aparece e permite escolher áudio apenas do dispositivo ou também do microfone e se mostra o toque na tela.

Infelizmente, não há como escolher outras coisas como qualidade da gravação, e em nossos testes não funcionou direito e sumiu com menus, aplicativos e outros.

A Google tentou lançar umas coisas com esse Nearby em 2015, mas estabelecimentos encheram as pessoas de spam e o serviço foi encerrado. Agora, temos o Nearby Share, que apesar de chegar este ano, não vai ser exclusivo do Android 11. Pelo menos essa promessa, né Google?

Com ele, se o seu smartphone e o de outra pessoa estiverem com o Nearby habilitado através dos atalhos, um menu aparece com uma bolinha emitindo ondas, bem parecido com o AirDrop.

Você escolher para quem quer ficar visível, e a função procura aparelhos nas redondezas para você compartilhar arquivos e sites usando o menu Compartilhar. Aliás, esse menu agora pode ter os meios que você mais usa fixados para uso rápido.

Na privacidade, funções que já estavam no beta e novidades. Se antes só era possível autorizar sempre ou no uso do app, agora dá para escolher “Apenas uma vez”, e recusar duas vezes implica “não perguntar de novo”. E em cada app, você pode escolher que essas permissões percam a validade se ele não for usado durante um tempo.

A captura de tela deu uma pequena melhorada no Android 11, mas o que vimos na versão beta continuou a mesma coisa na versão final, e temos apenas compartilhamento da captura, edição e apagar o que capturou. Nada da captura em rolagem como havia sido aventado.

Mas uma coisa legal é que ao ativar a multitarefa você pode escolher Capturar a tela do app que está sendo mostrado ou selecionar qualquer texto desta tela, muito prático.

O Bluetooth, se estiver conectado a algo, pode se manter ligado caso você ative o Modo Avião, desligando todas as outras conexões.

O Android Auto agora pode se conectar ao smartphone sem precisar de cabos, finalmente. Basta utilizar o Bluetooth do carro para realizar a conexão, que antes obrigatoriamente era feita por cabos.

Agora, a câmera acessa as permissões do Não Perturbe, e não vai mais vibrar ou tocar notificações quando você estiver nesse aplicativo, parando de estragar fotos. Só falta chegar ao Instagram e pararmos de ter stories que vibram como se fossem ondas.

No fim da lista de notificações você acessa Histórico, onde pode ver as notificações que apareceram nas últimas 24 horas.

O menu de áudio ao abaixar ou subir o volume fica na parte de baixo da tela, e oferece que um app de música já abra com alguma saída de som específica, como seus fones Bluetooth.

Na home, há uma linha com cinco sugestões de apps mais usados, com uma bordinha ao redor. Você pode colocar os apps que quiser lá, porém. O Tema Escuro pode ser ativado por programação de horário. Chegaram mais de uma centena de novos emojis, mas não conseguimos ver.

Na área de configurações você consegue ver o que está conectado logo nas primeiras linhas, assim como a rede WiFi. E as duas informações são atalhos.

Há muitas outras pequenas mudanças e melhorias, grande parte atrás das cortinas, melhorando a segurança ou a estabilidade. Mas essas que apareceram já tiram um pouco a simplicidade do dito Android puro, e começa a trazer coisas mais espertas, mesmo que algumas já existam há anos nas interfaces de outras fabricantes.

O que você achou do Android 11 em sua versão final? Acha que vai melhorar a sua vida? Queremos saber, comente aí embaixo!