Google 04 Mai
O lançamento do Bard não foi um sucesso. Respostas imprecisas e incorretas fizeram com que as ações da Alphabet, empresa mãe do Google, caíssem logo após a sua apresentação. Agora o CEO da empresa, Sundar Pichai, disse que o Google tem "modelos mais capazes" que resolverão os problemas do principal rival do ChatGPT.
A declaração foi dada em uma entrevista ao podcast Hard Fork do The New York Times. Nela, Pichai diz que os aprimoramentos para o Bard devem ser lançados na próxima semana:
Muito em breve, talvez à medida que este [podcast] for ao ar, estaremos atualizando o Bard para alguns de nossos modelos PaLM mais capazes, o que trará mais capacidades; seja no raciocínio, na codificação, pode responder melhor às questões de matemática. Então você verá progresso ao longo da próxima semana.
O CEO do Google ainda diz que o Bard é maior que os seus concorrentes em questão de escala e é capaz de lidar melhor com perguntas que exigem senso comum e codificação. Entretanto, ele o comparou com um Honda Civic.
De certa forma, sinto que pegamos um Civic e o colocamos em uma corrida com carros mais potentes.
Embora pareça uma afirmação engraçada, ela também mostra o quanto o Bard precisa ser desenvolvido, visto que ele ainda apresenta respostas incorretas sobre si mesmo. Segundo o The Verge, os testes iniciais mostraram que o Bard ainda não é tão útil e criativo quanto o ChatGPT, além de não conseguir se basear em fontes confiáveis.
Pichai também comentou a recente carta aberta assinada por Elon Musk e diversos pesquisadores de inteligência artificial pedindo que o desenvolvimento de sistemas de IA seja pausado por seis meses.
Nesta área, acho que é importante ouvir as preocupações. E eu acho que há mérito em se preocupar com isso... Isso vai precisar de muito debate, ninguém sabe todas as respostas, nenhuma empresa pode acertar. A IA é uma área muito importante para não regulamentar.
Por fim, o CEO revelou que tem conversado com os co-fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, e ambos estão colaborando no aprimoramento do Bard. Segundo ele, as limitações encontradas até agora são resultado da cautela para "não lançar um modelo mais capaz antes que pudéssemos ter certeza de que podemos lidar bem com isso."
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