07 Dezembro 2017
A prática de minerar bitcoins — que consiste em utilizar poder computacional para autenticar transações e ser recompensado com a moeda — está causando um verdadeiro rombo no gasto mundial de energia elétrica. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Digiconomist, a atividade está em pleno crescimento e gasta cerca de 29,52 TWh (Terawatt-hora) por ano, o que corresponde a 29 bilhões de kWh (Quilowatt-hora). Só a título de curiosidade, o consumo de eletricidade anual de toda Irlanda é de 27 TWh.
Outra estatística interessante: se colocarmos esses valores absurdos na forma de porcentagem, os mineradores de bitcoins representam 0,13% de todo o consumo de energia elétrica do mundo; em comparação, os Estados Unidos representam apenas 0,7%. Esse gasto desenfreado está ligado à natureza da atividade: para minerar, é necessário investir em hardwares poderosos que trabalham ligados dia e noite, o que resulta em uma conta bastante salgada no fim do mês.
E se você acha que não vale a pena gastar tanto dinheiro em eletricidade para ganhar algumas moedas virtuais, reveja os seus conceitos. Ainda de acordo com o Digiconomist, enquanto os custos globais envolvidos na mineração de bitcoins atingiram a marca de US$ 1,4 bilhão, os lucros obtidos pelos mineradores ultrapassaram a casa dos US$ 7,4 bilhões. Vale lembrar que, nesta segunda-feira (20), a moeda bateu recorde e atingiu o valor de US$ 8 mil a unidade.
Comentários