Intel foi um dos nomes mais relevantes na CES deste ano, ganhando destaque especialmente por conta de sua visão para o futuro e as controvérsias sobre as falhas gravíssimas encontradas em seus processadores com a chegada de 2018.

Como não poderia deixar de ser, a companhia iniciou sua apresentação em Las Vegas abordando os resultados da pesquisa de segurança sobre as vulnerabilidades Meltdown e Spectre, com promessa de uma correção definitiva ainda neste mês.

Em seguida, foi a vez da apresentação dos novos processadores Core da 8ª geração com GPU AMD, direcionados para laptops ultrafinos e computadores compactos – como no exemplo do novo NUC, que também foi apresentado ao mundo no palco da primeira grande feira de tecnologia do ano.

Ainda atraindo todos os olhares por lá, a companhia também utilizou sua passagem pela CES para anunciar um novo chip quântico que visa ajudar a indústria na resolução dos complexos cálculos e que supera sem esforço os supercomputadores atuais.

Pode até ser difícil de acreditar, mas ele existe, e a Intel apresentou o seu impressionante poder.

Após revelar o chip de 17 bits quânticos (ou qubits) há pouco mais de dois meses, a Intel fez um grande avanço nesta tecnologia e lançou o novo chip se computação quântica de 49 qubits, que atende pelo nome de Tangle Lake.

Este novo processador é capaz de fazer coisas que um supercomputador que temos hoje não pode, e de acordo com a nota da própria Intel esta solução ajudará os pesquisadores nas melhorias das técnicas de correção de erros e problemas computacionais.

A Intel anunciou as aplicações desta nova solução em prol da computação quântica, como o desenvolvimento de medicamentos, modelagem financeira e previsão climática.

É válido ressaltar, no entanto, que Intel não é a primeira companhia a chegar neste patamar. A IBM anunciou no final do último ano um protótipo de chip com 50 qubits. Na verdade, muitas empresas estão conseguindo resultados bem promissores nesta área.

Outro destaque na apresentação foi a pesquisa da Intel na área de computação neuromórfica, que visa imitar a operação do cérebro humano e também desbloquear ganhos exponenciais em desempenho e eficiência de energia no futuro da inteligência artificial. Intel lançou um novo chip de pesquisa neuromórfica com o código "Loihi", que inclui circuitos digitais que imitam a operação básica do cérebro.

De qualquer forma, tenha sempre em mente que este ainda é só o começo de uma longa estrada, mas a evolução da computação quântica já está correndo sem pisar no freio: agora é só uma questão de tempo para esta tecnologia atingir novos horizontes.