Tech 25 Mai
Depois da membrana que emite laser pelos olhos criada na Universidade de St. Andrews do Reino Unido, cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT) trabalham em outro órgão sensorial: um sensor que pode aprender a distinguir diferentes aromas. Isso mesmo, uma espécie de "nariz eletrônico".
Ele pode ser útil para várias situações, e literalmente "sentir o cheiro do perigo". Por exemplo, ele poderia encontrar odores de cabos queimados ou de comida estragada, antes mesmo que um ser humano possa sentir com seu olfato natural.
De acordo com Martin Sommer, que coordena o projeto Smelldect no Instituto de Tecnologia de Microestrutura do KIT, o nariz biológico foi usado como modelo para o projeto.
O objetivo do Smelldect é desenvolver um sensor olfativo de baixo custo adequado para produção em massa e uso diário. Ele mede apenas alguns centímetros e contém os componentes eletrônicos necessários para capturar e avaliar os gases.
Em nosso nariz eletrônico, as nanofibras reagem a misturas gasosas complexas - ou seja, aromas - e também geram padrões de sinais, com base nos quais o sensor identifica os aromas.
Ele contém nanofios feitos de dióxido de estanho distribuídos em vários sensores individuais. O chip calcula padrões de sinais específicos a partir das mudanças de resistência desses sensores. Dependendo das moléculas presentes no ar, eles diferenciam os aromas, e se um padrão específico foi ensinado ao chip antes, o sensor pode identificar o cheiro em segundos.
Além disso, ele pode aprender vários aromas diferentes e, portanto, pode ser usado para várias finalidades: no ambiente doméstico para o controle do ar, como alarme de fumaça, ou para descobrir se aquela carne que você vai comprar na feira é fresca. Também pode determinar a qualidade, digamos, do mel.
Mas nem tudo parece ser tão simples. Sommer conta que a dificuldade está no fato de que um aroma nem sempre é o mesmo. Por exemplo, o cheiro de uma rosa ao sol é diferente do cheiro de uma rosa na chuva, explica o físico. Atualmente, o nariz eletrônico está sendo treinado "para usos específicos que podem ser escolhidos universalmente".
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