Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) – órgão responsável pela nomeação de planetas – determinou que Plutão não deveria mais ser considerado um planeta. A justificativa foi o fato de não atravessar uma trajetória sem outros objetos – requisito para a classificação. Agora, um novo estudo vai contra à decisão de 12 anos atrás.

A pesquisa realizada pela Universidade da Flórida Central, publicada pela revista científica Icarus, entende que Plutão não deveria ter sido “rebaixado”, uma vez que os motivos avaliados para isso não são mais utilizados nos levantamentos.

“Esta definição diria que um planeta é supostamente definido por um conceito que ninguém usa em suas pesquisas.”

Philip Metzger

Líder do grupo de pesquisa da Universidade da Flórida Central

Chefe da equipe, Philip Metzger considera que o tamanho suficiente para a gravidade permitir um formato esférico também deveria ser incluído entre os requisitos para se definir um planeta.

“E isso não é só uma definição arbitrária. Esse é um marco importante na evolução de um corpo planetário, porque, aparentemente, quando isso acontece, a atividade geológica também é iniciada.”

Esta não é a primeira vez que a determinação da IAU é contestada. O Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em 2014, concluiu em votação que o atual “planeta-anão” deveria ser classificado como um planeta.

Por outro lado, uma pesquisa divulgada em maio deste ano sugeriu que Plutão é na verdade um cometa gigante.

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