Segurança 22 Jan
Até abril a Rússia dará início a uma fase de testes para um “botão que desliga a internet” – ou algo parecido.
A ideia por trás disso, obra do polêmico governo de Vladmir Putin (Presidente desde 2011) seria isolar completamente a rede do país para protegê-lo de ciberataques e outras ameaças que possam colocar em risco a segurança nacional.
Dessa forma, entraria em funcionamento a Rusnet, uma rede independente – que por sinal, já está nos planos do governo há muitos anos e a cada dia fica mais próxima da fase de implementação – que funcionaria tanto como um mecanismo de controle como uma espécie de intranet (conexão interna).
O sistema que isola a internet russa do resto do mundo poderia bloquear acessos tanto de dentro do país para fora quanto no sentido oposto, garantindo o funcionamento apenas de serviços mais básicos.
Entre eles estariam os mensageiros e e-mails, para não afetar tanto assim a comunicação entre os cidadãos do país com o exterior (mesmo assim, possivelmente, toda a comunicação será monitorada).
Sabemos que liberdade de expressão não é algo muito levado em consideração na Rússia, país que é conhecido por ser um dos mais repressivos com os LGBTQ – e esse controle mais rígido da internet e dos meios de comunicação on-line só reforça ainda mais a intenção de domínio e controle informativo do governo sobre a população.
Algo similar ocorre em nações como o Irã – que desligou a internet durante protestos contra o governo, assim como a Síria – onde usuários que precisam acessar a intranet local necessitam realizar um cadastro.
Para que o “botão que desliga a internet” (que sequer tem uma data para o início dos testes) se torne realidade, o projeto precisará do apoio de redes de telecomunicação e empresas desse setor, algo que já ocorre em relação ao controle no tráfego de dados.
Todas as informações trocadas através da internet na Rússia, por exemplo, são redirecionadas a órgãos de fiscalização e autoridades, que a qualquer momento, podem bloquear o acesso a determinados tipos de conteúdo, caso desejem.
No país que sediou a última Copa do Mundo, tudo que os cidadãos fazem on-line pode ser usado para incriminá-los, no caso de uma investigação, sem qualquer necessidade de permissão.
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