A espaçonave Juno da NASA, que atualmente orbita ao redor de Júpiter catalogando cada mudança no planeta (já tendo registrado até mesmo tempestades gêmeas), acaba de fazer uma descoberta interessante. Aparentemente, o campo magnético do planeta costuma mudar com o tempo – fenômeno chamado de variação secular.

Essa é a primeira vez que uma detecção da variação secular é detectada em outro planeta fora a Terra; os dados coletados sugerem que os ventos atmosféricos do de Júpiter são os possíveis responsáveis por isso. Vale lembrar que a sonda também percebeu similaridades com nosso planeta na frequência dos raios solares.

A descoberta deverá ajudar cientistas a entenderem melhor a estrutura interna do planeta, incluindo, é claro, sua dinâmica atmosférica; além disso, os dados podem auxiliar também a entender mais sobre a magnetosfera da Terra.

De acordo com os cientistas que estão trabalhando no projeto Juno, a detecção só foi possível graças a instrumentos científicos altamente precisos que estão inclusos a bordo da espaçonave.

Os dados foram comparados a outros coletados em uma missão passada, incluindo informações coletadas pela Pioneer 10 e 11, bem como pela Voyager I e Ulysses.

Eles foram utilizados para criar um novo modelo 3D do campo magnético de Júpiter, chamado JRM09, que também conta com informações registradas pelas primeiras oito passadas de Juno na órbita do planeta e sua magnetosfera.

O ventos se estendem da superfície do planeta a 1.860 milhas de profundidade – onde o interior do planeta se encontra, com sua maior variação tendo sido encontrada em um local nomeado de “grande ponto azul”, onde a presença de ventos particularmente fortes pode ser percebida.