Quem acompanha minimamente o desenrolar do desenvolvimento da medicina, sabe que um dos grandes problemas enfrentados por pesquisadores e médicos reside na escassez de órgãos para transplante; principalmente dos mais complexos, como o coração.

Mas agora esse problema finalmente pode encontrar um fim! Aparentemente, após 50 anos de tentativas fracassadas com dispositivos feitos em metal e plástico, um novo ar foi dado as pesquisas relacionadas a corações artificiais no último mês de abril.

Isso, pois cirurgiões cardíacos e engenheiros biomédicos do Texas Heart Institute (THI) desenvolveram um coração artificial totalmente novo, o Bivacor. Como teste para o novo dispositivo, uma das vacas do instituto passou, por 90 dias, a contar com o coração artificial, sendo submetida inclusive a testes, com corridas em uma esteira por trechos de 30 minutos. De acordo com os pesquisadores, o animal permaneceu saudável, ganhando peso a uma taxa normal.

"Tivemos que superar muitos desafios técnicos para criar um coração artificial pequeno, biocompatível, energeticamente eficiente e durável. Considere que o coração humano bate cerca de 112 mil vezes por dia, o que corresponde a 42 milhões de vezes por ano, e você entenderá a magnitude do desafio", explicam os cientistas.

Desenvolvido pela equipe do cientista Daniel Timms, a estrutura do aparelho traz uma nova abordagem para área, usando um disco giratório suspenso em um campo magnético ao invés das já conhecidas bombas mecânicas que buscavam imitar a estrutura e ações do coração humano. Com apenas uma parte móvel, o Bivacor é capaz de cumprir as obrigações de um coração natural, bombeando sangue rico em oxigênio para o corpo e devolvendo sangue desoxigenado.

Com essa estrutura, a expectativa é que não haja desgaste mecânico, já que a única parte móvel, como citado, levita em um campo magnético; com testes apontando que o coração está pronto para enfrentar as dificuldades do dia a dia, inclusive se adaptando as necessidades cardiovasculares dos seus usuários.

Com a perspectiva de ser testado também em humanos, o coração artificial já foi testado em 15 bezerros Corrientes e em ovelhas, sob a perspectiva de representar analogamente, respectivamente, o funcionamento em pacientes adultos e em pacientes com corpos menores, inclusive crianças.