Segurança 16 Abr
A pandemia de coronavírus tem exigido medidas de isolamento social a fim de diminuir a curva de contaminação e evitar sobrecarregar o sistema de saúde. Mas uma alternativa para reduzir a disseminação da Covid-19 é a chamada “imunidade coletiva”, quando os contaminados ficam curados e, consequentemente, imunes à doença.
A fim de descobrir como estão quanto ao número de recuperados que agora são resistentes à infecção, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) irão realizar um estudo em alguns bairros paulistanos para saber o porcentual desse grupo.
Ao todo, foram escolhidos dez bairros para descobrir a parcela populacional que ganhou imunidade ao novo coronavírus. São eles: Alto de Pinheiros, Barra Funda, Itaim-Bibi, Jaguara, Jaguaré, Jardim Paulista, Lapa, Perdizes, Pinheiros e Vila Leopoldina.
“O estudo vai medir o porcentual de pessoas imunes ao vírus na população em geral. São essas pessoas que, ao entrarem novamente em contato com o novo coronavírus, não vão desenvolver nem transmitir a doença. Como falamos mais dos mortos e dos pacientes graves, os casos leves ou assintomáticos ficam completamente invisíveis.”
Beatriz Tess
Professora e pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva da Facudade de Medicina da USP
O projeto terá financiamento pelo Instituto Semeia, em parceria com o Grupo Fleury e o Ibope. Ele agora precisará ser aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
A metodologia que o Ibope usará se chama amostra probabilística. Ela utiliza um número específico de testes para indicar o porcentual da população infectada em determinada região. Serão sorteadas aleatoriamente 720 residências, as quais terão a visita de um pesquisador e um enfermeiro. Em cada uma, um morador maior de idade será convidado a integrar a iniciativa.
Quem for escolhido precisará preencher um questionário e doar um pouco de sangue – por pulsão intravenosa – e, depois do levantamento, terá o resultado do exame para saber se possui resistência ao SARS-CoV-2.
O que você achou da iniciativa das universidades públicas de São Paulo para checar a imunidade dos bairros da cidade? Comente conosco!
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