Tech 15 Mai
O uso de estrogênios, hormônio feminino responsável pela ovulação, tem sido investigado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo. A ideia é verificar o papel de proteção fisiológica do corpo humano na proteção contra a COVID-19, em estudo basrado em pesquisas realizadas anteriormente com o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS). O Brasil contabiliza mais de 19.993 mortes e 202.918 casos da doença, em números atualizados ontem (14).
Trabalhos científicos anteriores mostraram diferenças na progressão da SARS entre homens e mulheres, com o sexo masculino tendo mais suscetibilidade para complicações, e a pesquisa sugere que o estrogênio pode estar associada à maior proteção fisiológica das mulheres, e a expectativa é testar se o mesmo comportamento ocorre com a COVID-19, para aí chegar a compostos com potencial terapêutico.
A equipe formada também por professores da USP começou a fazer experimentos para testar soluções. Linhagens de células foram infectadas com coronavírus, e os profissionais planejam testar mais de 40 compostos com atividade estrogênica para observar os resultados.
O professor da Unifesp e coordenador do projeto Rodrigo Portes Ureshino destaca, entre os compostos que serão aplicados, o 17β-estradiol (com maior quantidade no organismo), o tamoxifeno e a agenisteína. Os três já foram utilizados em modelos de outras doenças virais com resultados positivos.
A pesquisa se estende ainda às relações entre receptores de estrogênios e a enzima conversora de angiotensina II (ACE-2). Para isso, estão estudando a superexpressão desse receptor em diferentes tipos celulares.
Estudos preliminares e estatísticas indicamm que as características fisiológicas tornam homens mais vulneráveis ao novo coronavírus, embora não seja possível afirmar com certeza. Eles se baseiam em dados vindos da China e dos Estados Unidos, que mostram essas informações. Países como França, Alemanha, Irã, Itália, Coreia do Sul e Espanha. também mostraram resultados semelhantes.
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