Tech 15 Mai
O engenheiro Guilherme Thiago de Souza, presidente da Roboris – empresa de tecnologia e engenharia no setor de automação industrial – criou junto à uma de profissionais da saúde, engenharia e indústria um dispositivo similar a um capacete que funciona como uma bolha de respiração para tratamento da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O aparelho, batizado de BRIC (Bolha de Respiração Individual Controlada) funciona como um intermediário entre o paciente e um ventilador mecânico e tem uma capacidade de conter o vazamento do ar de seu interior. Ele foi criado, principalmente, para evitar que o paciente seja transferido para uma unidade de tratamento intensivo (UTI), que tem uma taxa de mortalidade de pacientes intubados de 70 a 80%.
“A BRIC foi projetada com um volume para que o paciente se sinta confortável e sua principal característica é a estanquidade, capacidade de conter o vazamento de ar, essencial para evitar a propagação da doença. Os hospitais ou clínicas ganham uma tentativa de tratamento que antecede a ida do paciente à unidade de terapia intensiva, é um tempo a mais, para que ele não precise ser induzido ao coma”
Guilherme Thiago de Souza,
Presidente da Roboris
De acordo com estudos realizados pela universidade de Chicago, o uso de capacetes de ventilação, como o BRIC, pode reduzir a necessidade de intubação de pacientes com COVID-19 em até 20%, além de ter uma efetividade de 54% em casos de SARS, doença respiratória causada por um vírus da mesma família do novo coronavírus.
Além de proteger o paciente e tentar evitar que ele seja transferido para a UTI o BRIC ajuda a proteger também a equipe médica que está tratando o paciente, já que a vazão de ar contaminado é bloqueada pelo dispositivo.
Um lote inicial de 100 mil unidades já está em preparação e cada unidade custa R$627,00. A capacidade inicial de fabricação é de 10 mil unidades por mês.
Alguns testes com o BRIC já estão sendo realizado pelo Hospital das Clínicas e de acordo com a Life Tech já existem negociações para realizar os testes em Minas Gerais e Bahia. Um equipamento similar já foi utilizado na Itália para tratamento de pacientes com COVID-19.
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