24 Agosto 2020
É surpreendente como a internet banda larga doméstica evoluiu na última década. No Brasil têm se popularizado o acesso via fibra nas grandes cidades pelas maiores operadoras do setor, enquanto regiões menos populosas são foco de pequenas provedoras, que também fornecem altas velocidades de conexão nas áreas que conseguem cobrir.
Porém, o desafio desse mercado é sempre crescente, e durante a quarentena estamos vendo que o tráfego levou algumas companhias de streaming a reduzirem a qualidade dos vídeos provisoriamente. Porém, um projeto das Universidades de Monash, Swinburne e o Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, todos na Austrália, podem reduzir - e muito - esses problemas no futuro.
Isso porque eles foram responsáveis por colocar em prática uma teoria que vinha sendo cantada na indústria há bons anos: o conceito de pequenos chips capazes de aproveitarem a infraestrutura de fibra óptica maximizando seu potencial de largura de banda sem grandes reprojeções de maquinário.
O micro-comb, como vem sendo chamado, miniaturiza e acelera o tráfego nessas redes graças a uma grande otimização em como a fibra "conversa" com a infraestrutura. Graças a isso, um teste apontou uma velocidade de 44,2 terabits (5,5 terabytes por segundo) a partir de uma única fonte de laser de fibra óptica.
O que o micro-comb faz é o seguinte: ele substitui a necessidade de múltiplos lasers fornecendo várias frequências por uma única unidade receptora, um cristal responsável por geração de ondas, que pode ser ajustado para gerar uma variação de espectros, esses funcionando como cada um desses canais que até então são usados em um plano físico de transmissão. Em termos mais simples, é como se o diminuto dispositivo fosse capaz de aumentar exponencialmente a comunicação de cada feixe de laser, permitindo às redes um alto ganho em largura de banda.
Claro, o estudo promovido pelas universidades ainda não se encontra em fase de implementação comercial, mas tendo esse como um dos seus objetivos, isso significaria um avanço mais rápido da indústria de fibra óptica no mundo sem grandes mudanças estruturais geográficas. Em um país de proporções continentais como o Brasil isso seria muito bem-vindo.
Vale lembrar, são diversas as operadoras que hoje já oferecem serviço de fibra óptica até a casa do consumidor no Brasil (FTTH). A Tim, em algumas regiões, pode entregar até 2 GB de velocidade.
E você, o que acha dessa possível inovação? Conte para a gente nos comentários!
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