Os buracos negros são alguns dos corpos celestes mais misteriosos do universo. Sua observação é extremamente difícil, o que vem instigando astrônomos a encontrarem meios para estudá-los. No ano passado, uma equipe da NASA fez história ao conseguir capturar a primeira imagem do fenômeno na história. Ainda assim, a comunidade científica não está satisfeita, e segue firme em busca de novas respostas.

Nessa semana, pesquisadores da Escola de Pesquisa em Astronomia e Astrofísica da Universidade Nacional da Austrália publicaram um estudo sobre o J2157, buraco negro que data do início do universo com um apetite voraz. A 12 bilhões de anos-luz da Terra, o objeto possui mais de 34 bilhões de vezes a massa do Sol, e continua a consumir o equivalente à nossa principal estrela todos os dias.

O J2157 é agora o Quasar mais brilhante já conhecido, e chega a ser 8.000 vezes maior do que o Sagitário A*, o buraco negro presente no centro da Via Láctea, que também vem sendo estudado nos últimos anos, tendo um estudo publicado sobre seu campo magnético no mês passado.

"A massa desse buraco negro é cerca de 8.000 vezes maior", afirmou Christopher Onken, líder da pesquisa. "Se o Sagitário A* quisesse ficar tão grande, ele precisaria engolir dois terços de todas as estrelas na nossa galáxia".

Os cientistas agora tentam entender como buracos negros maciços como este evoluíram desde os primórdios do universo, de modo a entender melhor o começo dos tempos. "Essa galáxia é um dos colossos dos primórdios do universo ou esse buraco negro só engoliu uma quantidade extraordinária de seu entorno? Temos que continuar procurando para descobrir".