Tech 25 Jul
Esperança na luta contra o HIV. Estudo brasileiro conduzido pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi capaz de eliminar o vírus da Aids de um paciente que estava infectado há sete anos.
A técnica utilizada para o estudo foi realizá-lo apenas com pessoas que tinham o HIV indetectável, ou seja, possuíam carga viral baixa e não transmitem a doença, mesmo vivendo com o vírus.
Com isso, o objetivo do estudo era acelerar o que o tratamento já estava fazendo por essas pessoas, ou seja, diminuir a quantidade de células infectadas. Para isso, o estudo recrutou, em 2013, quando foi iniciado, pessoas que cujo tratamento foi iniciado recentemente e também pessoas que iniciaram há mais de dois anos.
Em entrevista à CNN, o paciente, que preferiu não revelar sua identidade, disse que se sentia livre ao mostrar o diagnóstico negativo para o HIV, ou seja, tinha amostra não reagente para o vírus. Até então, apenas dois casos de cura da Aids foram reconhecidos pela comunidade científica e, em ambos os casos, o fator comum foi o transplante de medula óssea.
E para diminuir a replicação do vírus, o estudo buscou pessoas que tinham o HIV indetectável e estavam tomando coquetel. A próxima fase deve contar com 60 pessoas e incluir mulheres como voluntárias, já que a primeira fase contou apenas com homens. Por conta da pandemia de coronavírus, a pesquisa está paralisada.
Até dezembro de 2018, o mundo todo contava com 37,9 milhões de pessoas infectadas com o vírus HIV, de acordo com a Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids. Desse total, 79% já tinham sido diagnosticadas, ou seja, 8,1% ainda não sabiam que viviam com o vírus. 32 milhões pessoas morreram de doenças relacionadas à doença.
Graças à evolução do tratamento antiretroviral e ao maior acesso universal ao tratamento, a mortalidade relacionada à Aids caiu 33% desde 2010. No ano passado, uma vacina combativa ao vírus entrou em fase de testes no Brasil, com voluntários recrutados.
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