Tech 20 Jul
A Lua é um objeto de fascínio da humanidade, já sendo destino e alvo de diversos estudos sobre sua existência e história. Os mais recentes deles descobriram detalhes sobre os primórdios do satélite natural da Terra, que podem nos dar uma nova visão sobre a formação do Sistema Solar, além de terem traçado nova possibilidade de colonização envolvendo os tubos de lava do corpo celeste.
Agora, o astro acaba de ganhar uma "nova função", servindo como uma espécie de espelho de telescópio para os astrônomos. A descoberta foi feita em estudo ocorrido em janeiro de 2019, quando os cientistas foram capazes de detectar presença de Ozônio na atmosfera da Terra por meio dos reflexos de luz solar na superfície da Lua, durante um eclipse lunar. A técnica é inédita, e deverá facilitar a busca de vida em outros planetas distantes.
Isso porque o Ozônio pode ser considerando um possível indicativo da presença de vida em um planeta. O gás Ozônio (O3) se forma quando um átomo de Oxigênio (O) se une à uma molécula de gás Oxigênio (O2). Assim sendo, a presença de O3 leva a entender que há Oxigênio na atmosfera estudada, e consequentemente que há chances de haver vida naquele local.
Ainda assim, outros fatores devem ser levados em conta antes de haver uma confirmação sobre a presença de vida em um corpo celeste, conforme reforça a NASA em comunicado sobre a novidade. "É necessário que haja outros sinais além do ozônio para chegar a uma conclusão, e esses sinais não necessariamente podem ser vistos por meio desse método", afirmou o astrônomo Allison Youngblood.
De toda forma, o novo método de observação empolga a comunidade científica, já que permite que atmosferas distantes sejam observadas sem a necessidade de envio de sondas, algo crucial se levarmos em conta que muitos dos candidatos à presença de vida então a anos-luz de distância da Terra.
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