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Coronavírus: o que são as cepas, mutações e variantes do SARS-CoV-2? | Detetive TC

02 de março de 2021 6

A ciência e a tecnologia convergem em diversos pontos, e não é diferente com a pandemia do novo coronavírus. Os avanços tecnológicos têm ajudado os cientistas a descobrirem as mutações do SARS-CoV-2 e conseguir diferenciá-las.

Frequentemente, você deve ouvir expressões como “nova cepa”, “variante do vírus” e situações do tipo, correto? Mas você sabe diferenciar o que cada uma quer dizer? E quais são as diferenças dessas mudanças sofridas pelo coronavírus nos últimos tempos? O Detetive TC explica tudo a você a seguir:

Mutações, variante, linhagens ou cepas?

Mutações

Os vírus – assim como os organismos e micro-organismos – sofrem mutações conforme passa o tempo, para se adaptar a situações as quais exigem modificações por sobrevivência. Mais especificamente sobre esse tipo de patógeno, essas mutações acontecem por meio de erros aleatórios na hora da replicação.

Para ser mais detalhista, os vírus se multiplicam no núcleo das nossas células. Esta parte é responsável pela divisão e criação de novas partes celulares – se você estudou biologia, deve lembrar de nomes como mitocôndria, complexo de golgi, lisossomos, entre outros. Quando a célula é infectada por um vírus, ele logo trata de controlar justamente o núcleo, para que este, no lugar de produzir novas partes normais de uma célula, passe a criar cópias do próprio vírus – as quais saem e vão contaminar outras partes do nosso corpo.

Variante

Esses “erros” que podem acontecer estão exatamente na geração de cópias não idênticas às originais. Se eles forem negativos aos “filhotes”, são eliminados. Contudo, caso sejam positivos, vão se tornar uma variante do original.

Em outras palavras, o termo “variante” representaria qualquer mudança estrutural que o vírus possui, em comparação à sua versão original.

Linhagem

Quando essa variante passa a se replicar com o mesmo “erro” original, ela dá início a uma linhagem própria. Isso significa que uma linhagem acaba por ser um conjunto de variantes que surgiram de um vírus inicial.

Todos os “filhotes” que surgirão após isso passarão a ser iguais – ou praticamente similares – àquela primeira mutação positiva já citada mais acima.

Cepa

As cepas, por sua vez, se tratam de variantes ou um grupo de variantes dentro de uma linhagem. Elas têm como característica a apresentação de comportamentos distintos ao vírus original.

Esses conjuntos formados podem apresentar, por exemplo, taxas de infecção ou mortalidade menores ou maiores, ou resistência a determinados anticorpos. Por isso devem ser estudadas, para que haja uma preparação correta de combate.

Quais são as principais?

Entre as mutações já descobertas do SARS-CoV-2 no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) volta a sua atenção para três específicas: a B.1.1.7 do Reino Unido; a P.1 do Brasil e a B.1.351 da África do Sul. Elas foram classificadas como “Variantes de Atenção no Mundo”.

A britânica teria como característica principal tornar o vírus mais transmissível e dominante, fato que facilitaria a disseminação da pandemia em maior quantidade. Já a africana contaria com a capacidade de despistar o sistema imunológico humano, o que dificulta o combate ao vírus em uma infecção.

Por sua vez, a P1 desenvolvida em Manaus teria propriedades encontradas nas duas anteriores. Isso aumentaria ainda mais o seu perigo, ao dar mais vantagens ao vírus. O Brasil ainda teria uma variante P2, encontrada no Espírito Santo. Mas esta apenas seria mais transmissível, sem uma agressividade maior como a anterior.

E como ficam as vacinas?

As vacinas desenvolvidas no momento possuem diferentes técnicas, como vírus inativado – CoronaVac e Covaxin –, vetor viral – Oxford, Janssen e Sputnik V – e RNA mensageiro – Pfizer e Moderna.

Os estudos sobre os efeitos dessas vacinas sobre mutações ainda são iniciais, mas é importante entender que qualquer eficácia já pode ser suficiente para evitar casos mais graves e até mortes, o que ajuda no combate à doença, como explica o gerente médico do ClubSaúde, Dr. Hyun Seung Yoon.

“As principais vacinas disponíveis requerem uma segunda dose para alcançar a eficácia anunciada; não garantem imunidade total contra o vírus e nenhuma vacina evitará o contágio. Também é desconhecido por quanto tempo durará a imunidade induzida, e a imunidade coletiva só será atingida quando uma grande parcela da população já estiver vacinada. Além disto o coronavírus tem sofrido mutações e novas variantes tem sido detectadas, como podemos constatar em casos comprovados de reinfecção. A eficácia das vacinas perante as variantes mutantes ainda precisa ser avaliada.


Concluindo, tenham eficácia de 50%, 70% ou 90%, as vacinas são ferramentas fundamentais para o combate à pandemia e para a redução da morbidade e mortalidade. Relevante é o fato delas reduzirem com sucesso a incidência de casos graves e mortes nos voluntários vacinados. Uma vacina hipotética que reduzisse em apenas 30% a mortalidade do vírus já teria salvado pelo menos 60.000 vidas no Brasil.”


Dr. Huyn Seung Yoon

Gerente médico do ClubSaúde

Mesmo que essas vacinas não garantam proteção total contra novas cepas, elas poderão ser reconfiguradas no futuro para gerar proteção a essas mutações, por meio de uma possível dose extra.

As de vírus inativado conseguirão receber fragmentos de outras linhagens; as de vetor viral conterão proteínas spike distintas no adenovírus que compõe o imunizante; e as de RNA mensageiro terão informações para gerar anticorpos contra essas modificações em sua “receita”.

Necessidade de cuidados

As mutações do coronavírus têm ocorrido principalmente na proteína spike, que é a responsável por infectar a célula. Por isso, o patógeno passa a se preparar melhor para se disfarçar contra possíveis proteções naturais do sistema imunológico, o que possibilita reinfecções.

Por isso, o Dr. Yoon reforça que é necessário manter os cuidados, como uso de máscaras e o distanciamento social, até que as vacinas estejam disponíveis em massa. Assim, com uma imunidade coletiva, os vírus não vão gerar novas linhagens com facilidade e a pandemia será contida em todo o mundo.

“É fundamental mantermos os cuidados para a redução do contágio. Com medidas de higienização adequadas, manutenção do distanciamento social e uso de máscaras para reduzir o risco de transmissão do vírus, conseguiremos conter o vírus até que as vacinas estejam disponíveis e aplicadas à população em larga escala, e a imunidade coletiva se torne uma realidade concreta em nossas vidas. Só assim poderemos, finalmente, retornar ao ‘novo normal’.”

E aí, qual é a sua avaliação sobre as mudanças sofridas pelo coronavírus e como elas podem dificultar a contenção da pandemia em todo o mundo? Interaja conosco!


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Comentários

Coronavírus: o que são as cepas, mutações e variantes do SARS-CoV-2? | Detetive TC
  • Só não espero ver bolsominions

      • Mais jumentos que nem sabem o que a palavra "genocídio" significa comentando. Meu Deus!

          • Bozovid-17 e suas cepas contaminam muito mais.

              • As pessoas não tem culpa, pois foram norteadas pelo principal genocida JAIR MESSIAS BOLSONARO que não fez nada nesse tempo todo.

                  • Obrigado Manaus. A autoridades e o pessoal lá não deram a mínima nem no início da pandemia e por causa desse relaxo nosso país tem a variante mais perigosa do mundo.

                      • Pessoal, dica de biólogo: "(...) com o objetivo de se adaptar a situações (....)" - Nenhuma mutação tem objetivo algum. Assim como alguma mutação pode desenvolver vantagens também podem desenvolver desvantagens, isso é totalmente ao acaso, não é algo tendenciado.Outro equívoco... o vírus se multiplica no citoplasma da célula e não no núcleo celular.No geral, a matéria tem umas leves distorções mas é didática e explica sobre as variações e expressões genéticas do vírus.Parabéns pela matéria.

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