Estudos preliminares conduzidos pelo Instituto Butantan mostraram que a CoronaVac, vacina contra coronavírus do laboratório chinês Sinovac, é eficaz contra a variante de covid-19 que circula em Manaus. A vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford também apresentou eficácia, de acordo com a Fiocruz.

Recentemente, a Fiocruz firmou parceria com a AstraZeneca para o envase e futura produção integral do imunizante contra covid-19 no Brasil. A eficácia da vacina contra a variante foi comprovada em estudos preliminares feitos pelo laboratório e pela Universidade de Oxford, segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, que dirige a unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos.

O Butantan examinou amostras de sangue retiradas de pessoas vacinadas com a CoronaVac e testadas contra a variante de Manaus, e os dados preliminares indicam que o imunizante foi eficaz contra a cepa. Haverá ampliação na pesquisa para obtenção de dados definitivos.

O Instituto Butantan é responsável pelo estudo clínico da CoronaVac e está envasando o imunizante no Brasil. Já foram entregues 16,1 milhões de doses da vacina, que é aplicada em duas doses, ao PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde.

O PNI conta ainda com 4 milhões de doses importadas da vacina desenvolvida em conjunto entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido. A expectativa é que as primeiras doses da vacina envasadas pela Fiocruz no Brasil sejam entregues ao Ministério da Saúde a partir de meados deste mês.

Embora ainda preliminares, as eficácias encontradas nos imunizantes contra a variante brasileira P.1 são boas notícias diante do avanço caótico da pandemia no Brasil. A mutação originada no Amazonas aumenta a carga viral nos infectados em até 10 vezes, um dos principais motivos para a disseminação desenfreada e mais rápida que a do vírus original.

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