A pandemia causada pela Covid-19 está cada vez pior aqui no Brasil, e o número de óbitos vem batendo recordes negativos diariamente. O andamento do processo de contaminação no país tem sido alvo de diversas notícias ao redor do mundo, e isso pode fazer com que o território nacional seja considerado uma zona vermelha.

Essa área seria a caracterização de ambientes de alta periculosidade em relação ao coronavírus, na prática é uma divisão realizada em forma de zonas entre os países que estão no processo de imunização da população, com isso os locais onde existem mais doses e a vacinação dos cidadãos está bem encaminhada, evitariam entrar em países onde há um déficit de doses para aplicar nos cidadãos.

De acordo com informações de cientistas britânicos ao BBC News Brasil, até o final do ano o mundo vai ser dividido em zonas, a fim de facilitar o acesso aos países imunizados e dificultar a entrada em locais com risco de contaminação. Desta maneira, países da Europa, Oceania e partes da Ásia vão conseguir reestabelecer a economia, seja em comércio ou turismo.

Em contrapartida, os países onde a vacinação não for concluída e as cepas adicionais ainda oferecerem risco, vão ser classificados como zona amarela ou vermelha, evitando assim que locais com alta possibilidade de contaminação sejam visitados, levando países onde a imunização já está em vigor a voltarem com as contaminações.

"Podemos ter uma divisão por zonas de risco. Por exemplo, o sudeste da Ásia e a Europa serão verdes. Laranja é Índia e parte da África. E vermelho pode ser África do Sul, Brasil e Estados Unidos, onde vemos altas taxas de transmissão e vacinação insuficiente. Isso pode existir oficialmente, em sites de viagem ou mesmo na cabeça das pessoas”, exemplifica Julian Tang, virologista da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Vão ser classificados como zona vermelha e receber um isolamento mais rigoroso os países onde não houve a negociação antecipada por doses, como é o caso do Brasil. Atualmente 9 milhões de pessoas, cerca de 4,26% da população, já receberam, pelo menos, a primeira dose da vacina, que são divididas entre as opções da Oxford-AstraZeneca, da Fiocruz, e a Coronavac, do Instituto Butantan.

Obviamente que, a médio prazo, o Brasil vai sair dessa lista da Zona vermelha, permitindo que o turismo volte ao fluxo normal e a economia comece a girar da maneira necessária para que as taxas de desemprego caiam, bem como a moeda volte a ter valorização necessária.