A frota de aviões comerciais global atualmente é responsável por 3% do total de emissão de carbono mundial, causa direta do efeito estufa, mas a indústria está buscando por soluções sustentáveis. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável em Colorado, Estados Unidos, em parceria com outras instituições, desenvolveram um método de transformar restos de comida em combustível alternativo para aviões a jato.

O combustível utilizado pelos aviões é feito à base de petróleo, a proposta dos cientistas é utilizar biomassa, isto é, restos de comida e estrume, para gerar biocombustíveis que funcionem nas aeronaves já existentes. Alguns desses líquidos renováveis já são bastante conhecidos, como etanol e biodiesel.

Utilizando ácidos graxos voláteis criados a partir da fermentação de restos de comida e convertidos em moléculas de parafina, cuja composição se assemelha as de combustíveis fósseis, os pesquisadores conseguiram desenvolver um biocombustível apropriado para uso em aviões comerciais.

A valorização pela sustentabilidade tem marcado o mercado global e modificado nosso relacionamento com o meio ambiente, que sofre cada vez mais com o aquecimento global. Alternativas como ônibus elétricos estão sendo postas em prática em São Paulo e a Nokia recentemente prometeu reduzir pela metade as emissões de carbono, demonstram essa valorização.

Outros tipos de biocombustível para aviões já foram criados com biomassa, como óleo e gordura, no entanto, a possibilidade de utilizar nosso vasto acervo de restos de comida ao redor do mundo é bastante promissora.

Segundo os pesquisadores, o biocombustível de restos de comida funcionou na proporção de 10% para 90% do combustível feito à base de petróleo. Eles ainda apontam que futuramente a proporção pode ser elevada para 30% de biocombustível para 70% de fóssil, porém mais testes serão feitos antes que a novidade possa ser aplicada ao mundo real.

A utilização de um combustível sustentável seria capaz de gerar impacto na emissão de carbono à atmosfera, isso se apresentar crescimento e aderência das companhias aéreas, especialmente caso os cientistas consigam desenvolver um biocombustível que movimente aeronaves a jato sem a necessidade de mistura com elementos fósseis.

Os pesquisadores apontaram que a ampla utilização do biocombustível colocaria as taxas de emissão perto de zero e diminuiriam a presença de partículas de aerossóis, que causam a retenção de calor na atmosfera terrestre.

Você acha que em breve existirão aviões que funcionam 100% com biocombustível? Conte sua opinião nos comentários!