Tech 24 Mar
Com o crescimento nos casos de Covid-19, os médicos têm buscado formas de fazer com que o público tenha a possibilidade de realizar o tratamento de maneira eficaz, evitando as possíveis complicações da doença em um curto espaço de tempo, algo que, em grande parte das vezes, acaba levando ao óbito.
Porém, uma receita denominada “Kit Covid” tem dado mais problemas do que soluções aos pacientes, isso porque muitos que se trataram com essa recomendação estão começando a apresentar problemas hepáticos graves, fazendo com que a fila de transplantes de fígado tenha um aumento inesperado.
Neste kit, estão presentes os remédios hidroxicloroquina, que já foi definido cientificamente como ineficaz, e o antiparasitário ivermectina, que também já foi descartado como opção para o tratamento pelo FDA. Há quem alegue que eles apresentam resultados positivos para evitar a contaminação, cortas os sintomas ou até mesmo tratar contaminados, algo que não tem acontecido da maneira esperada na prática.
Muitos usuários estão fazendo uso das redes sociais para relatar problemas graves no fígado que têm como origem o uso desses remédios, que no caso é a hepatite medicamentosa, uma doença causada pelo uso descontrolado de remédios. Atualmente em São Paulo, já existem 5 pacientes com essa variação de hepatite na fila de espera por um fígado novo.
“Eles chegam com pele amarelada e com histórico de uso de ivermectina e antibióticos. Quando fazemos os exames no fígado, vemos lesões compatíveis com hepatite medicamentosa; esses remédios destroem os dutos biliares, que é por onde a bile passa para ser eliminada no intestino", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o médico Luiz Carneiro D’Albuquerque, chefe de transplantes de órgãos abdominais do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-USP).
De acordo com o médico, o nível normal de bilirrubina deve estar entre 0,8 e 1, mas um desses pacientes já estava com mais de 40. Na prática, isso mostra o grande risco que esses pacientes correm ao fazer uso desses medicamentos alternativos para se tratarem contra a Covid-19, fazendo com que uma nova doença surja.
Sendo assim, é sempre recomendável seguir as instruções dadas pela OMS, que tem estado na frente de pesquisa por tratamentos realmente eficazes, até que toda população mundial esteja imunizada contra a doença e todas as variantes.
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