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Coronavírus: 38% das vítimas da COVID-19 no Brasil não tiveram acesso a leitos de UTI em 2021

29 de março de 2021 5

De acordo com o relatório diário do Conass, o Brasil já atingiu a triste marca de 312.206 mortes pela COVID-19. E agora um novo levantamento feito pelo O Globo mostra que 38% das vítimas do coronavírus e da SRAG não tiveram acesso a um leito de UTI em 2021.

Os dados foram fornecidos pelo Sivep-Gripe, o sistema utilizado pelo Ministério da Saúde para monitorar internações no Brasil. O levantamento somente considerou pacientes diagnosticados com COVID-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não específica neste ano, que somaram um total de 73.105 óbitos, onde quase de mais de 28 mil dessas vítimas faleceram sem passar por uma UTI.

O levantamento aponta ainda que este número não é uniforme em todas as regiões do Brasil, onde em Santa Catarina, por exemplo, onde este número é de 53% há quatro semanas, bem como no Rio Grande do Sul, onde essa taxa é de mais de 50% desde o início de março. Em São Paulo este número é de 41%, enquanto que no Rio de Janeiro é de 38%.


Domingos Alves, cientista da USP de Ribeirão Preto, afirma que este é um atestado de colapso do sistema de saúde brasileiro. O número de mortos já era elevado em 2020, durante a primeira alta de óbitos, e praticamente explodiu após os feriados de fim de ano onde a taxa de transmissão cresceu ainda mais por conta da falta de isolamento social de muitos brasileiros, que mesmo durante a pandemia, preferiram viajar ao invés de seguir as orientações de profissionais de saúde.

Levando essa taxa para números nacionais, 727 hospitais no Brasil já registraram que mais de 50% dos pacientes que faleceram na semana passada não tiveram passagem por UTIs. Este cruel número indica claramente a falta de vagas em hospitais, onde muitos brasileiros já falecem em casa, sem os devidos cuidados.

Infelizmente a perspectiva futura não é nada boa. Segundo o levantamento do O Globo, 5.432 pessoas já aguardavam por um leito de UTI no Brasil na semana passada.

Segundo Alves:

É preciso descobrir quantas pessoas estão na fila de espera e por quanto tempo. Elas morrem em ambulâncias, sem testagem, e nem entram nas estatísticas. As mortes por falta de atendimento vão aumentar as médias móveis, vamos passar facilmente dos 5.000 óbitos diários.

Guilherme Martins, médico plantonista da UTI do Hospital Universitário Clementino Fraga e da UPA do Engenho Novo, explicou que muitos pacientes que deveriam se dirigir a uma UPA ficam em clínicas da família e aqueles que precisam de um hospital tomam vagas em UPAs, pois não há vagas em hospitais.

"Salvamos muita gente, mas as pessoas não param de chegar. Doentes são ‘internados’ até em cadeiras", diz o médico. "Sabemos que, se um paciente muito grave ficar na UPA, sem estrutura adequada, ele vai morrer. Então, se aparece uma vaga o transferimos, tentamos lhe dar uma chance. Ele pode morrer no caminho, ele pode morrer na chegada. Mas a chance de sobreviver ainda que reduzida, é maior do que se ficar na UPA."

Alguns governos estaduais estão abrindo vagas no momento adaptando UPAs para o atendimento de infectados pelo coronavírus, entretanto, a situação não deve melhorar enquanto a disseminação do vírus não for reduzida no Brasil.


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