Tech 12 Mar
Um dos grandes objetivos da ciência é trazer melhorias para a qualidade de vida humana. Pesquisadores da universidade KU Leuven, na Bélgica, conseguiram medir ondas cerebrais através de um implante auditivo pela primeira vez. Os resultados do estudo podem significar grandes avanços para os dispositivos auditivos inteligentes, como ajuste automático de acordo com a atividade cerebral.
Os cientistas utilizaram um implante coclear experimental para gravar sinais neurais que aparecem em resposta aos sons. Ao invés de tornarem os sons mais altos como aparelhos auditivos convencionais, o implante utiliza sinais elétricos para estimular diretamente os nervos da audição.
Os aparelhos auditivos convencionais normalmente são ajustados por um fonoaudiologista de acordo com o feedback do paciente, um processo que pode ser bastante difícil para pessoas com dificuldade de audição.
Além disso, os ajustes acontecem durante sessões dentro de uma clínica. Ou seja, os aparelhos não possuem adaptação para diferentes ambientes e fatores que possam atrapalhar a audição do paciente. O implante coclear capaz de gravar sinais neurais por conta própria, segundo os cientistas belgas, seria uma solução bem mais prática para problemas auditivos.
O aparelho auditivo inteligente pode oferecer medições mais precisas e constantes do dia a dia do usuário, sem a dependência direta das percepções auditivas de quem o utiliza. A longo prazo, o paciente já não precisaria mais frequentar clínicas para ajustes do dispositivo. Os fonoaudiologistas seriam capazes de consultar as ondas neurais e modificar o implante de maneira remota.
A tecnologia tem trazido impactos para outros órgãos humanos importantes, como os olhos. Cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, criaram córneas para transplante utilizando uma impressora 3D. Já pesquisadores alemães utilizaram um programa de Inteligência Artificial (IA) para identificar surtos psicóticos em pacientes de alto risco.
Os pesquisadores afirmam que o estudo sobre o implante coclear, publicado na revista científica Scientific Reports, pode servir de base para que as empresas fabricantes produzam aparelhos auditivos inteligentes e melhorem a qualidade de vida de indivíduos com problemas na audição.
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