
Tech 04 Jul
07 de abril de 2021 7
A luta contra o vírus da AIDS tem se mostrado cada vez mais favorável para o nosso lado: na última terça-feira (06), foi publicado um edital de pesquisa mostrando que o imunizante desenvolvido pela empresa de biotecnologia Moderna em conjunto com Scripps Research e o IAVI — Instituto Internacional da Vacina contra a AIDS — foi capaz de produzir células imunológicas raras que podem combater o HIV, vírus causador da síndrome. Desde soluções genéticas, as tentativas de interceptar o patógeno vêm se dado há vários anos, porém a vacina americana, baseada em mRNA, acaba de dar um passo notável, podendo entrar na próximas fases ainda este ano.
O estudo, então conduzido pela Scripps Reseach, refere-se à Fase 1 dos testes clínicos, que haviam começado no ano de 2018. Para a análise, 48 candidatos foram divididos em dois grupos — o primeiro recebeu uma dose da vacina, o segundo, um placebo. O cronograma foi dividido em duas doses aplicadas em um intervalo de dois meses entre si e, conforme o documento aponta, 97% dos candidatos vacinados desenvolveram uma quantidade satisfatória e detectável das imunoglobulinas responsáveis pelo combate ao vírus.
William Schief, professor, imunologista da Scripps Research e diretor executivo do desenvolvimento de vacinas no Centro de Anticorpos Neutralizantes (NAC) da IAVI, declarou em press release:
Com nossos muitos colaboradores na equipe de estudo, mostramos que as vacinas podem ser projetadas para estimular células imunológicas raras com propriedades específicas, e essa estimulação direcionada pode ser muito eficiente em humanos.
Um detalhe importante é que essa primeira etapa dos testes clínicos é realizada em pessoas que não estão infectadas com o vírus, tendo como principal finalidade analisar a resposta imunológica do corpo humano quando estimulado a produzir determinado tipo de células. No caso, os anticorpos necessários para o combate da infecção do HIV são da classe "VRC01" e têm sua produção estimulada por linfócitos correspondentes ao grupo de células B.
As imunoglobulinas em questão agem diretamente na superfície do vírus e, mesmo com diversas cepas, a vacina poderá ser eficaz contra todas as mutações.
A frequência da respostas, isto é, no sentido de quão frequente as células B de classe VRC01 foram detectadas na corrente sanguínea, foi alta o suficiente para que a vacina seja considerada promissora, acelerando nossos passos para a próxima fase.
Os pesquisadores afirmam que os resultados finais do estudo podem abrir portas para o desenvolvimento de imunizantes para outras doenças perigosas, como dengue, hepatite C e malária. "Acreditamos que essa abordagem será fundamental para fazer vacinas contra outros patógenos", comentou Schief. Ainda, os especialistas declaram que os participantes ficarão em observação durante o período de 12 meses após receberem a segunda dose, a fim de observar como os anticorpos agem a longo prazo.
Concluída a Fase 1, os envolvidos na criação da vacina poderão focar em testes futuros, bem como realizar experimentos com outras tecnologias cujo estudo já está em andamento. Por enquanto, os resultados obtidos até então são dignos de ser considerados uma pequena vitória.
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