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Covid-19: revista científica se retrata após divulgar que tabagismo protege contra a doença

26 de abril de 2021 2

É fato que, apesar de estar acometendo gravemente diversos perfis de pessoas, existem alguns fatores que agravam o quadro de Covid-19 na população — o tabagismo é um dos principais. Apesar de ser condenado por todos os especialistas da saúde, uma pesquisa conduzida em julho de 2020 apontava que o cigarro poderia reduzir as chances de ser acometido pelo coronavírus.

A publicação ocorreu na revista European Respiratory Journal, e constatava que "o tabagismo não está associado a desfechos adversos" da doença, além de reduzir os riscos de contrair o vírus em até 23%. Contudo, a última edição da revista se retratou ao declarar que houve um conflito de interesses não especificado no momento da publicação oficial.

De acordo com o INCA, o cigarro é responsável pela morte de 428 brasileiros diariamente.

A revista destacou que José M. Mier, um dos pesquisadores, prestava consultoria voltada à redução dos malefícios e químicos prejudiciais do cigarro para a indústria do tabaco, ao mesmo tempo que o coautor Konstantinos Poulas recebia investimentos de uma fabricante de cigarros através da organização não governamental NOSMOKE. A ONG, sediada no Patras Science Park na Grécia, tem foco em pesquisas com cigarros eletrônicos.

A nota emitida pela revista científica aponta que, embora a omissão do detalhe não seja motivo suficiente para que seja realizada uma retratação, os editores julgaram que a transparência era essencial para um assunto sensível que abrange doenças pulmonares e a pandemia de coronavírus.

Os editores também reconhecem que em nenhum momento houve uma questão de qualquer má conduta científica por parte de qualquer um dos autores, além da falha de dois autores contribuintes em divulgar seus conflitos de interesse relacionados à indústria do tabaco.

Para a Dra. Sarah White, diretora da organização Quit Victoria, retratar o estudo foi necessário. A especialista aponta que interpretações ruins poderiam ser extraídas do artigo, influenciando os leitores a olhar de uma forma mais flexível ao tabagismo. "Não há evidências que apoiem a alegação de que fumantes são menos propensos a sofrer efeitos severos da doença", acrescentou.

Diversos fatores podem levar à falsa impressão de que o hábito de fumar esteja, de qualquer forma, relacionado à redução dos riscos da Covid-19. Má coleta de dados, acompanhamento inconsistente e análises superficiais são citados pela revista BMJ Evidence-Based Medicine, que se opõe ao estudo publicado.

Além das declarações de muitos especialistas, a Organização Mundial de Saúde ressalta que o tabagismo prejudica as funções pulmonares, aumentando o risco de sintomas graves da infecção pelo coronavírus. As alternativas denominadas "menos prejudiciais" também são apontadas como fatores de risco para o comprometimento dos pulmões, portanto, a melhor forma de preservar a saúde é se abstendo do consumo de tabaco.


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