26 Julho 2021
Nesta sexta-feira (4), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido de importação excepcional das vacinas Covaxin e Sputnik V, mas com algumas restrições.
A decisão não significa o mesmo que autorização de uso emergencial. Ela é uma definição voltada a lotes específicos de ambos os imunizantes. A aceitação veio após a Anvisa receber mais documentos das fabricantes, visto que havia recusado anteriormente.
Como não são aprovadas, as duas vacinas em questão terão uso em condições controladas, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. No caso da indiana Covaxin, serão 4 milhões de doses, as quais terão situações específicas para aplicação e um acompanhamento de quem tomou as doses.
Já a russa Sputnik será restrita a 1% da população de cada um dos seis estados do Consórcio do Nordeste, encarregados pelo pedido do imunizante. A quantidade permitida para ser aplicada é dividida em:
- Bahia: 300 mil
- Pernambuco: 192 mil
- Ceará: 183 mil
- Maranhão: 141 mil
- Piauí: 66 mil
- Sergipe: 46 mil
A Covaxin, criada pelo laboratório Bharat Biotech, utiliza uma técnica similar à CoronaVac. Isso significa que aqui temos uma vacina de vírus inativado, a qual utiliza o próprio SARS-CoV-2 “morto” para a criação do produto.
Do outro lado, a Sputnik V é desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya e aplica o método de vetor viral, por meio de adenovírus humanos Ad5 e Ad26, cada um para uma dose distinta, com proteínas do coronavírus para gerar a resposta imune. Outras vacinas que usam formatos semelhantes são a de Oxford/AstraZeneca e a da Janssen.
Em estudo preliminar dos dados da Fase 3, a Covaxin foi capaz de gerar uma eficácia de 78% em casos sintomáticos. Em outras palavras, ela diminuiu em 78% os casos de Covid-19 no grupo vacinado, na comparação com o grupo controle. Além disso, os dados indicaram para ser 100% eficaz na redução de casos graves.
Por outro lado, a Sputnik V registrou uma porcentagem de 91,6% de eficácia nos resultados publicados do ensaio clínico de Fase 3. Além disso, em uma segunda pesquisa, esta para medir a efetividade, foi possível reduzir em 97,6% os casos da doença na vida real.
E aí, quais são as suas expectativas para a chegada de mais essas duas vacinas para a imunização dos brasileiros contra o novo coronavírus? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.
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