Estudos já apontaram que mudanças climáticas extremas podem estar a caminho na Terra e agora cientistas de diversas universidades ao redor do mundo analisaram os sinais vitais do planeta por meio de 31 métricas, onde 18 delas que indicam que a emergência climática já atingiu níveis alarmantes.

O relatório que indica a saúde vital do planeta foi elaborado por mais de 14 mil especialistas de todo o mundo e deve ser publicado na revista BioScience. Os dados apontam níveis recorde de metano e dióxido de carbono na atmosfera, gases que colaboram para o aumento do efeito estufa e do aquecimento global.

Outro ponto preocupante para os cientistas é o nível das geleiras e do gelo no Ártico, que nunca esteve tão baixo, em contrapartida, as temperaturas registradas nos oceanos, que estão muito altas.

Tim Lenton, diretor do Instituto de Sistemas Globais da Universidade de Exeter, disse à AFP que "o clima está se comportando de maneira chocante e inesperada", evidenciando como o aquecimento global, chuvas torrenciais e crises hídricas estão se tornando cada vez mais comuns em todo o mundo por conta de elementos como o desmatamento na Amazônia e outros fenômenos causados pela humanidade para explorar recursos do planeta.

Finalizando, William Ripple da Oregon State University comentou:

Precisamos parar de tratar a emergência climática como uma questão autônoma – o aquecimento global não é o único sintoma de nosso sistema terrestre em estresse.

Dessa forma, Ripple reforçou que a grande causa da crise climática vivida pelo planeta neste momento é a exploração exacerbada e sem responsabilidade dos recursos naturais, que polui o meio ambiente causando diversos desequilíbrios e, consequentemente mudanças no clima, que está se tornando cada vez mais extremo.