Economia e mercado 06 Ago
O Instituto de Tecnologia da Califórnia anunciou recentemente o recebimento de um investimento de US$ 100 milhões (~ R$ 528 mi) para dar continuidade nas pesquisas do Projeto de Energia Solar com Base no Espaço (SSPP, na sigla em inglês), equipamento que tem como finalidade a geração de energia elétrica a partir da captação da energia solar com transmissão diretamente à Terra.
O projeto é ousado e será instalado na órbita terrestre, captando a luz solar através de painéis fotovoltaicos e direcionando a energia para a Terra de forma contínua, sem interrupções causadas pelo movimento de rotação do planeta ou meteorologia. A expectativa é de que o aparelho gere um fluxo "infinito" de energia.
Por enquanto ainda não há muitos detalhes do projeto e não sabemos qual a potência do feixe de energia, mas um equipamento semelhante vem sendo desenvolvido pelo Pentágono — órgão de defesa americano — e conseguiu obter apenas 10W, número que embora pareça pequeno deve aumentar significativamente com o avanço das pesquisas.
A geração de energia e a transmissão no vácuo são dois problemas que perturbam os engenheiros do projeto, que durante essa fase inicial devem focar em testar o funcionamento das placas ainda em solo. O primeiro protótipo será de 60 cm², contudo o modelo final deve ter uma área bem maior para potencializar o desempenho.
A energia solar é o recurso energético mais abundante do mundo. No entanto, a luz solar é intermitente na superfície da Terra [...] Este ambicioso projeto propõe uma abordagem inovadora para a produção de energia solar em larga escala para a Terra, que supera essa intermitência e a necessidade de armazenamento de energia, como a luz do sol brilha continuamente no espaço.
Harry A. Atwater
Pesquisadores do SSPP
Segundo a equipe de pesquisadores, essa tecnologia, se aplicada em larga escala, poderá atender à crescente demanda de energia do planeta por ser uma fonte sustentável e capaz de produzir energia a partir da luz solar.
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