A emissão de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa causou efeitos irreversíveis no planeta, como o aumento no nível do mar, por exemplo. Esse dado faz parte de um estudo que vem sendo feito há bastante tempo por diversos cientistas que relacionaram o aparecimento de vários fenômenos incomuns com as mudanças climáticas.

O acompanhamento vem sendo realizado pelo IPCC, órgão intergovernamental pertencente à ONU e que monitora continuamente o avanço das alterações climáticas na Terra. O grupo conta com a participação de mais de 230 pesquisadores de diversos países, incluindo o Brasil.

O relatório foi liberado nesta segunda-feira (09) e indica que a ação humana contribuiu diretamente para um aumento de 1,07 °C na temperatura do planeta, informação que para os cientistas é "inequívoca", reiterando que a emissão desenfreada de CO₂ e outros gases na atmosfera vem causando grandes problemas.

Ainda é esperado que a equipe de cientistas divulguem um novo documento com orientações globais sobre as maneiras de reduzirmos o avanço das mudanças climáticas. Esse novo relatório deve ser apresentado apenas em novembro durante a COP26, conferência que acontecerá em Glasgow, na Escócia.

"Muitas das mudanças observadas no clima não têm precedentes em milhares, centenas de milhares de anos. Algumas das mudanças — como o aumento contínuo do nível do mar — são irreversíveis ao longo de centenas a milhares de anos", alertou o relatório do IPCC.

Embora pareça pouco, o aumento de 1,07 °C se aproxima dos 1,5 °C definido como limite durante a Conferência das Partes (COP21), no Acordo de Paris que foi assinado por diversas nações que se comprometeram em reduzirem a emissão de gás carbônico na atmosfera.

Para alguns especialistas a marca de 1,5 °C será ultrapassada ainda nas próximas duas décadas, sendo que foi definida como limite de aumento até 2100, trazendo à tona a real necessidade da criação de estratégias que freiem o avanço das mudanças climáticas e reduzam o cenário catastrófico previsto para os próximos anos.

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