Tech 11 Mai
Localizado pela primeira vez em 2014, o cometa "Bernardinelli-Bernstein" — nome dado em homenagem aos cientistas Pedro Bernardinelli e Gary Bernstein — pôde ser identificado nesta semana pelos pesquisadores que monitoram a evolução do grande corpo celeste que está se direcionando rumo ao Sistema Solar.
De modo geral, um cometa é um objeto formado por gases congelados, poeira cósmica e rochas — composição diferente dos meteoros — e que possui uma órbita em formato de elipse em torno do Sol, que quando exerce seu calor sobre o cometa é capaz de iniciar o processo de derretimento do gelo e liberação dos gases, formando a 'cauda' que acompanha o astro.
De acordo com relatórios, o cometa possui aproximadamente 150 Km de diâmetro e é o maior já visto desde que os pesquisadores iniciaram o monitoramento do espaço, sendo cerca de 31 vezes maior do que os cometas que normalmente são vistos pelos astrônomos.
Em junho deste ano o Dr. Pedro Bernardinelli, pesquisador que deu seu sobrenome ao cometa, publicou algumas informações sobre o astro, incluindo uma imagem de baixa resolução que mostra o cometa — que neste momento nada mais é do que um ponto branco pixelizado.
The object showed no coma in any of the (5 band) DES images between 2014-2018 (when it moved from 29 to 23 au). The residuals of a scene-modeling photometry of this objects shows consistency with noise (both in each image and in a stack of all 30 something images we have) pic.twitter.com/7JIibMPyZS
— Dr. Pedro Bernardinelli (@phbernardinelli) June 20, 2021
Atualmente as agências espaciais monitoram cerca de 3.743 cometas conhecidos, porém esses possuem entre 3 a 4 Km de diâmetro, sendo bem menores do que o gigante Bernardinelli-Bernstein.
Segundo os astrônomos que estão acompanhando a trajetória do cometa, sua órbita está muito distante e não há previsão de colisão com nosso planeta, no entanto ele chegará mais perto da Terra apenas em janeiro de 2031, data em que ainda estará a uma distância de 1,6 bilhão de milhas de distância do Sol e próximo da órbita de Saturno.
A aproximação permitirá que os cientistas estudem melhor o corpo celeste, visto que neste momento ele ainda está longe demais para que os pesquisadores consigam obter muitos detalhes sobre sua principal composição e capturar imagens de alta resolução.
Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto — ou pelo menos maior do que qualquer um bem estudado — e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas o vissem evoluir à medida que se aproxima e aquece."
Gary Bernstein,
Pesquisador.
Você costuma acompanhar os avanços da astronomia? Conta pra gente, comente!
Comentários