Segurança 26 Out
Um grupo de pesquisadores descobriu recentemente um possível exoplaneta — planeta fora do nosso Sistema Solar — localizado fora da Via Láctea, sendo o até então mais distante planeta já identificado pelos astrônomos, feito que foi possível graças ao Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa, que contribuiu com dados importantes para a pesquisa.
A descoberta é referente a um possível exoplaneta encontrado pelos pesquisadores na galáxia espiral Messier 51 (M51) — também conhecida como 'Galáxia do Redemoinho' — que fica a uma distância de aproximadamente 23,1 milhões de anos-luz da Terra e abriga os indícios do primeiro exoplaneta localizado fora da Via Láctea.
Apesar desse não ser o primeiro planeta encontrado fora do Sistema Solar pelos astrônomos, o candidato ainda sem nome é o mais distante do nosso planeta, estando inserido na região binária M51-ULS-1 a cerca de 8 milhões de anos-luz de distância de nós, enquanto outros achados estão a cerca de 3 mil de anos-luz.
Essa hipótese surgiu após a colaboração dos dados obtidos por diferentes métodos, incluindo telescópios terrestres e satélites espaciais, que em conjunto conseguiram identificar uma ligeira alteração na quantidade de raios-X emitidos por uma estrela localizada na Galáxia NGC 519, sugerindo a possível passagem de um planeta em frente ao astro.
De acordo com os cientistas que participaram da pesquisa, esse método usado é mais preciso que o atual — que se baseia apenas na alteração da luz visível — e permite enxergar muito além da Via Láctea, permitindo identificar a passagem de exoplantas em decorrência de alterações vistas nas radiações eletromagnéticas de alta frequência.
Estamos tentando abrir uma nova arena para encontrar outros mundos, procurando por candidatos a planetas em comprimentos de onda de raios-X, uma estratégia que torna possível descobri-los em outras galáxias”
Rosanne Di Stefano,
Astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian.
Apesar das pesquisas terem localizado esse planeta em outra galáxia, o avanço do estudo deve ser prejudicado devido a órbita do exoplaneta, que, segundo estimativas dos astrônomos, provavelmente estará visível novamente apenas daqui a 70 anos, quando passará novamente na mesma posição identificada pelo estudo.
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