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Vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan entra na reta final do estudo clínico; entenda

20 de novembro de 2021 11

O Instituto Butantan divulgou na última sexta-feira (19) novas informações sobre o desenvolvimento da vacina contra a dengue que vem sendo estudada pelo centro de pesquisa desde 2009, quando cientistas iniciaram a busca por um imunizante capaz de proteger contra casos de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Conforme demonstra o boletim epidemiológico referente ao ano de 2020, em doze meses o Brasil registrou um total de 979.764 casos prováveis de dengue no país, sendo identificado que a região Centro-Oeste foi a que mais apresentou incidência de infecções, apresentando um total de 1.200 casos/100 mil habitantes, números que alertam para a situação da doença em vários estados.

De acordo com o instituto, o imunizante utiliza a técnica de vírus atenuado — que consiste em usar o patógeno enfraquecido e que não é capaz de causar a doença — para estimular o sistema imunológico do indivíduo a produzir anticorpos e garantir uma imunidade satisfatória em caso de infecção; essa tecnologia é a mesma empregada pelo laboratório no desenvolvimento da 'ButanVac'.

O enfraquecimento do vírus foi feito pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID), que é um dos parceiros da instituição e tem contribuído para o desenvolvimento do imunizante contra a dengue. A vacina será tetravalente e protegerá contra todos os quatro tipos de vírus: Den-1, Den-2, Den-3 e a Den-4.

Instituto Butantan. (Foto: Reprodução).

Segundo o Butantan, os ensaios clínicos de fase três estão na reta final e a expectativa é de que os testes sejam concluídos até 2024, no entanto não há um prazo para que o imunizante esteja disponível para os brasileiros, processo que depende do cumprimento de uma série de normas estipuladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Alexandre Precioso, diretor do Centro de Segurança Clínica e Gestão de Risco: Farmacovigilância e Farmacoepidemiologia, mesmo com a chegada da vacina é preciso que a população siga mantendo as ações de profilaxia contra a doença, ou seja, evitar a reprodução do mosquito Aedes Aegypti eliminando água parada, conforme orienta o Ministério da Saúde.

As pessoas vacinadas vão evitar hospitalizações e mortes e isso vai tornar a dengue controlada no país. Em qualquer situação é importante agir na prevenção. Na saúde pública a prevenção de doenças é feita principalmente a com vacinas"

Neuza Maria Frazatti Gallina,
Gerente de projetos do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas Virais do Butantan.

Sabia que além da CoronaVac e ButanVac o instituto Butantan também realiza várias outras pesquisas? Conta pra gente, comente!


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