Tech 24 Nov
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs ao governo federal a exigência de um certificado de vacinação contra a Covid-19 como forma de liberar a entrada de viajantes no Brasil, mas o o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria sido contra.
De acordo com informações apuradas pelo jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro quer apenas abrir as fronteiras, sem nenhuma cobrança adicional, como um "passaporte da vacina", por exemplo. Em outubro, a Fiocruz também recomendou a medida.
A Anvisa enviou um parecer ao Palácio do Planalto no último dia 12 de novembro e ainda não teria recebido um retorno oficial do governo. Atualmente, o Brasil exige apenas a apresentação de um teste RT-PCR negativo para o coronavírus.
Ainda segundo relatos de integrantes do governo, a agência também pediu o endurecimento das regras para voos internacionais. A ideia é que todos os viajantes façam uma quarentena de cinco dias, mesmo aqueles que mostrarem um teste RT-PCR negativo.
Com a adoção dessa medida, a quarentena seria dispensada para quem estiver vacinado e comprovar a imunização. Bolsonaro disse na quarta-feira (24) que prefere abrir as fronteiras, mas não manda nas decisões da agência reguladora.
"Na minha parte, não decido, não mando na Anvisa, (mas) a gente não teria fronteira fechada. Tem a questão da economia, turismo, um montão de coisas. E o vírus, já falei para vocês, tem de conviver com ele, afirmou o presidente.
Em resposta à Folha, a agência disse que não decide sobre as regras de entrada no Brasil, o que cabe aos ministérios. A Anvisa não confirmou, mas também não negou que pediu a adoção de um "passaporte vacinal".
A Anvisa tem recebido diversos alertas de especialistas sobre o risco de aumento de casos de Covid-19 no Brasil. A preocupação dos técnicos do órgão é com o período das festas de fim de ano e do Carnaval, que costumam atrair muitos turistas.
Outra situação que preocupa a agência é o aumento de casos registrado na Europa e em outros locais do planeta. A Anvisa também quer evitar que o país vire um atrativo para turistas não vacinados. Cabe ao governo dar aval para as recomendações.
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