O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, afirmou nesta quinta-feira (9), que é impossível fiscalizar a quarentena dos viajantes que chegarem ao Brasil sem ter apresentado o comprovante de vacinação.

A declaração foi dada após o Ministério da Saúde determinar que, a partir de sábado (11), os viajantes que entrarem no Brasil por via aérea vão precisar cumprir uma quarentena de 5 dias se não apresentarem um comprovante de vacinação.

"Há uma diferença razoável entre o que se prevê numa norma e a realidade. Na prática, ao delegar tudo a estados e municípios, podemos ter inviabilizado a possibilidade de vigilância em tempo real dos não vacinados", disse Carlos Lula.

Entre as dificuldades citadas pelo presidente do Conass, está receber da Anvisa a lista de passageiros que chegam ao Brasil. As informações são encaminhadas ao sistema nacional dos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs).

Na última terça-feira (7), o governo federal anunciou novas regras para viajantes não vacinados que desembarcarem no Brasil. As pessoas que se enquadram nessa categoria vão ter que passar 5 dias em quarentena. O teste negativo continua sendo exigido.

Ao final desse período, a pessoa deve fazer um novo teste de antígeno ou PCR. Se o resultado for negativo ou não detectável, a pessoa fica liberada da quarentena. O governo não concordou em adotar um comprovante de vacinação para entrar no país.

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