27 Dezembro 2021
O lançamento do Telescópio Espacial James Webb, que ocorrerá neste Natal, oferecerá oportunidades de estudo inéditas para astrônomos e astrofísicos. É também uma situação oportuna para relembramos o que as gerações anteriores de telescópios, como o famoso NASA Hubble, nos mostraram.
Os astrônomos raramente usam seus telescópios para simplesmente tirar fotos. As imagens do Universo são geralmente geradas por um processo de inferência científica e imaginação, às vezes visualizadas nas impressões do artista sobre o que os dados sugerem.
Mesmo assim, os resultados são costumeiramente impressionantes. A luz tanta informação que nos permite juntar a história do Universo. O James Webb nos trará imagens infravermelhas melhoradas e inevitavelmente levantará novas questões sobre as origens de outros mundos.
A seguir, você confere algumas das imagens mais interessantes capturadas por telescópios nos últimos tempos.
Essa imagem foi produzida pela missão NASA Juno, que atualmente está orbitando Júpiter. A captura ocorreu em outubro de 2017, quando a nave estava a 18.906 quilômetros de distância do topo das nuvens do planeta gigante.
É possível observar um sistema de nuvens no hemisfério norte do planeta e representa nossa primeira visão dos polos de Júpiter (o polo norte). Esta imagem é baseada em padrões complexos de fluxo, semelhantes aos ciclones na atmosfera terrestre, e efeitos impressionantes causados pela variedade de nuvens em diferentes altitudes, às vezes lançando sombras sobre camadas de nuvens abaixo.
Essa imagem é a visão do Herschel sobre a formação de estrelas na Nebulosa da Águia, também conhecida como M16. Nebulosas são nuvens de gás no espaço. A Nebulosa da Águia está a 6.500 anos-luz da Terra, bastante próximo nos padrões astronômicos relativos.
Esta nebulosa é um local de formação estelar vigorosa. Aplicando zoom, é possível observar uma característica próxima no centro da imagem chamada de "Pilares da Criação". Similares a um polegar e um indicador apontando para cima e ligeiramente para a esquerda, estes pilares se projetam em uma cavidade na nuvem gigante de gás molecular e poeira.
Essa imagem olha mais profundamente para o espaço, para o centro de nossa galáxia Via Láctea e usa luz infravermelha, combinando dados de dois telescópios da NASA:, Hubble e Spitzer.
A região branca brilhante na parte inferior direita da imagem é o próprio centro de nossa Galáxia. Há um enorme buraco negro chamado Sagitário A*, um aglomerado de estrelas e os restos de uma enorme estrela que explodiu como uma supernova há cerca de 10.000 anos.
Outros aglomerados de estrelas também são visíveis, como o Quintuplet na parte inferior esquerda da imagem dentro de uma bolha onde os ventos das estrelas limparam o gás e a poeira locais, e o Arches na parte superior esquerda. Esses dois aglomerados incluem algumas das estrelas mais maciças conhecidas.
Um dos exemplos mais bonitos que revela os aglomerados de galáxias no espaço pode ser visto na imagem de Abell 370, lançada em 2017 e capturada pelo telescópio Hubble.
Abell 370 é um aglomerado de centenas de galáxias a cerca de cinco bilhões de anos-luz da Terra. Na imagem, você pode ver arcos de luz alongados. São representações ampliadas e distorcidas de galáxias muito mais distantes.
A massa do aglomerado distorce o espaço-tempo e dobra a luz dos objetos mais distantes, ampliando-os e, em alguns casos, criando múltiplas imagens da mesma galáxia distante. Este fenômeno é chamado de lente gravitacional porque o espaço-tempo distorcido age como uma lente ótica.
Certa vez, os astrônomos decidiram apontar Hubble para uma mancha de céu em branco por vários dias para descobrir quais objetos extremamente distantes poderiam ser vistos na borda do universo observável.
A imagem resultante contém quase 10.000 objetos, sendo que quase todos eles são galáxias muito distantes. A luz de algumas dessas galáxias tem viajado por mais de 13 bilhões de anos, desde que o Universo tinha apenas cerca de meio bilhão de anos.
Alguns desses objetos estão entre os mais antigos e mais distantes conhecidos. Aqui vemos a luz de antigas estrelas, cujos contemporâneos locais há muito se extinguiram.
Qual dessas é a sua imagem do Universo predileta? Conte para a gente nos comentários!
Comentários