Nesta segunda-feira (27), o hospital Sheba de Israel iniciou estudos clínicos com 6 mil voluntários, incluindo idosos e profissionais da saúde, para descobrir os efeitos da administração de uma quarta dose de vacina anticovid na população.

A iniciativa faz parte do plano de contenção do avanço da variante Ômicron do coronavírus no país. A partir dos resultados, as autoridades locais devem ampliar a disponibilização da quarta dose para todos que se enquadram no perfil de voluntários — indivíduos com mais de 60 anos e profissionais da saúde.

A nova variante do coronavírus tem preocupado cientistas e autoridades sanitárias ao redor do mundo por apresentar risco de reinfecção 5,4 vezes maior e se multiplicar 70 vezes mais rápido em vias áereas.

Em Israel, o número de casos da Covid-19 devido à variante Ômicron dobrou nas últimas semanas e novas medidas de restrição foram anunciadas. A média móvel de casos no país é calculada em 1.306. Além disso, pelo menos um óbito foi associado à nova cepa. Segundo as autoridades locais, era um idoso que recebeu apenas as duas primeiras doses da vacina.

No Brasil, o Ministério da Saúde liberou aplicações da quarta dose dos imunizantes contra a doença de forma limitada: apenas para pacientes imunossuprimidos. Atualmente, 66,7% da população brasileira está com o esquema vacinal inicial completo, ou seja, recebeu as duas doses ou a vacina de dose única.

Um estudo de Oxford apontou que duas doses do imunizante da Pfizer e da AstraZeneca não geram resposta satisfatória contra a Ômicron, e mesmo três doses do imunizante BioNTech perdem eficácia em dez semanas.