
Tech 27 Dez
28 de dezembro de 2021 0
O poderoso Telescópio Espacial James Webb (JWST) da agência espacial dos Estados Unidos, NASA, foi lançado ao espaço há três dias, em uma manobra de grande porte que envolveu até mesmo o Brasil.
Porém, a parte mais arriscada de sua jornada às profundezas do Universo está apenas começando. O observatório iniciará em breve uma complicada mecânica coreografada para “se desdobrar” e chegar à sua forma final.
O JWST já está com algumas funções ativadas, como sua antena de banda larga. Mas ele ainda não está pronto para observar o cosmos. O telescópio era muito grande para ser lançado em qualquer foguete operacional — mesmo em um Ariane 5, que tem uma das maiores cargas úteis do mercado e o levou ao espaço. Por conta disso, o James Webb teve que ser dobrado como um origami invertido.
Ao longo das próximas duas semanas, o JWST irá se remodelar e apontar suas abas espelhadas para as partes mais profundas do Universo. Mas antes que isso aconteça, o observatório fará uma tarefa ainda mais complexa, que levará até seis dias para ser concluída. Trata-se do desdobramento do escudo solar, um aparelho projetado para bloquear o calor do Sol e manter o telescópio extra frio enquanto estiver no espaço.
O escudo solar é uma característica necessária devido à forma como o JWST é projetado. O telescópio utiliza a potente tecnologia de detecção de luz infravermelha para observar estrelas e galáxias distantes. Tal luz é invisível aos nossos olhos, mas é emitida por qualquer coisa que contenha calor.
Entretanto, para coletar fótons infravermelhos, o telescópio deve operar a uma temperatura incrivelmente fria. Se ficar muito quente, pode emitir luz infravermelha própria em excesso, o que poderia interferir nas observações sobre o Universo.
Todo o processo de remodelação depende de centenas de diferentes partes móveis, incluindo até 140 mecanismos de liberação, 400 roldanas, 70 conjuntos de dobradiças e 90 cabos, de acordo com a NASA.
Há vários planos de contingência em vigor no caso de um desdobramento não ter o desempenho esperado. Os engenheiros também construíram circuitos duplicados que podem realizar a mesma tarefa, caso o sistema primário não acione corretamente.
Contudo, também há momentos em que realmente não há segundas opções. Existem mais de 300 eventos conhecidos como "falhas de ponto único". Essas são as implantações que têm que funcionar como projetadas, porque não puderam ser construídas com redundância.
O JWST está indo para um destino final a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra e, por conta dessa distância, não há foguetes operacionais ou naves espaciais que possam levar astronautas de forma segura para realizar reparos no telescópio. Portanto, se o observatório quebrar de forma fundamental, será o adeus para essa missão de US$ 9,7 bilhões da NASA.
Você se interessa por ciência espacial? Quais suas expectativas sobre as descobertas que virão com o James Webb?
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