Tech 12 Jan
Nesta semana, uma equipe da Universidade do Alabama revelou que conseguir transplantar dois rins de um porco geneticamente modificados em um paciente com morte cerebral. Segundo os médicos, os rins funcionaram e não foram rejeitados imediatamente pelo corpo.
Em setembro do ano passado, médicos haviam conseguido transplantar apenas um rim.
Em outubro de 2021, médicos da Universidade Langone Health de Nova Iorque reportaram que haviam conseguido, pela primeira vez, transplantar o rim de um porco geneticamente modificado para um corpo humano que funcionou normalmente sem rejeição por dois times. Em dezembro, a mesma equipe anunciou trabalhar para executar um transplante duplo.
Ambos os experimentos visavam apenas testar a viabilidade do procedimento no curto prazo. Eles envolveram pacientes que estavam em morte cerebral e mantidos vivos apenas por equipamentos.
Na semana passada, uma equipe da University of Maryland Medical Center transplantou um coração de porco em um paciente vivo chamado David Bennett.
Ele tinha uma doença cardíaca terminal, mas não foi considerado apto para um transplante padrão. Com seu consentimento e permissão da Food and Drug Administration (FDA), os médicos realizaram o procedimento como cirurgia experimental.
O acontecimento recente foi realizado pelos médicos da Universidade do Alabama. É o primeiro transplante dessa natureza detalhado em um jornal de crédito, um passo importante para validar qualquer pesquisa.
Aparentemente, ele também é o primeiro transplante da história com dois rins geneticamente modificados de um porco em um ser humano.
Assim como os transplantes da Universidade Langone Health, o transplantado era um paciente com morte cerebral e procedimento não tinha como intenção salvar a sua vida. Após receber os rins geneticamente modificados do porco, ele foi monitorado por 77 horas.
Durante esse tempo, os rins filtraram o sangue, produziram urina e não sofreram rejeição. O experimento foi publicado nesta quinta-feira (20), no American Journal of Transplantation.
O diretor da pesquisa, Jayme Locke, emitiu um comunicado em nome da faculdade:
Esse momento é uma reviravolta na história da medicina, representa uma mudança de paradigma e uma conquista enorme no campo do xenotransplante, a melhor solução para a crise da falta de órgãos.”
Há algumas diferenças importantes entre todos os esses transplantes. A equipe da Universidade Langone Health de Nova Iorque utilizou porcos que possuíam apenas um único gene modificado, responsável por produzir um açúcar em seus músculos que humanos não possuem.
Especialistas acreditam que essa incompatibilidade é a maior razão pela qual tentativas passadas de utilizar órgãos animais em transplantes humanos não funcionaram, já que a maior parte dos mamíferos produzem a substância.
Entretanto, os porcos utilizados pela Universidade do Alabama e de Maryland possuíam 10 genes modificados para se tornarem mais compatíveis para humanos. Para todos os procedimentos, os porcos geneticamente modificados foram fornecidos pela companhia Revivicor
Com a descoberta, a Universidade do Alabama acredita que seus métodos estão prontos para serem testados em testes clínicos em breve.
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