Tech 01 Dez
Mais uma criação que mistura ciência e tecnologia foi feita por uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Uma chupeta bioeletrônica inteligente promete realizar todo um monitoramento da saúde dos bebês em hospitais. É o que conta o artigo publicado na revista científica Biosensors and Bioelectronics, nesta segunda-feira (16).
O acessório seria capaz de ficar no lugar de coletas sanguíneas, as quais costumam acontecer duas vezes por dia e são mais invasivas. Isso porque o dispositivo é capaz de monitorar os eletrólitos dos recém-nascidos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.
Além disso, a chupeta inteligente também teria outras funções, como checar os níveis de íons de sódio e potássio — para prever uma possível desidratação — e o tradicional de tranquilizar a criança.
De acordo com o professor associado da Escola de Engenharia e Ciência da Computação da Universidade Estadual de Washington (WSU) e coautor do estudo, Jong-Hoon Kim, o método convencional por coleta de sangue — além de ser mais doloroso — deixa lacunas na coleta de dados, enquanto outras técnicas anteriores exigem aparelhos mais rígidos e com dimensões maiores.
“Sabemos que bebês prematuros têm mais chances de sobrevivência se receberem uma alta qualidade de atendimento no primeiro mês de nascimento. Normalmente, em um ambiente hospitalar, eles tiram sangue do bebê duas vezes ao dia, então eles só recebem dois pontos de dados. Esse dispositivo é uma maneira não invasiva de fornecer monitoramento em tempo real da concentração de eletrólitos dos bebês.”
Jong-Hoon Kim
Professor associado da Escola de Engenharia e Ciência da Computação da Universidade Estadual de Washington (WSU) e coautor do estudo
A chupeta bioeletrônica inteligente é desenvolvida a partir de uma chupeta comum. Os pesquisadores inserem canais microfluidicos para atrair e avaliar a saliva do bebê. Neste sistema, há sensores pequenos para medir a presença de íons de sódio e potássio na saliva. Na sequência, as informações são transmitidas ao cuidador por meio de Bluetooth.
Os testes foram conduzidos em um hospital, com bebês selecionados. Os resultados foram comparáveis aos coletados com exames de sangue convencionais. Para o futuro, a equipe pretende criar componentes mais acessíveis e recicláveis, para estabelecer a eficácia do método.
E aí, qual é a sua avaliação sobre a nova criação da ciência para monitoramento de bebês em UTIs? Comente conosco!
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