Humanos poderão ter um "segundo eu" feito por inteligência artificial nos próximos cinco anos, acredita Eric Schmidt, fundador da Schmidt Futures e ex-presidente do Google. A fala impactante foi proferida numa palestra durante a Collision Conference, em Toronto, onde ele afirmou que essa espécie de clone poderá representar as pessoas em determinadas ocasiões, podendo ser treinadas a imitar a fala e substituir seus donos com certas limitações.

A previsão digna daquelas da série Black Mirror veio com uma outra sugestão. “Também teremos um poderoso assistente de inteligência artificial que nos dará conselhos. ‘Essa é uma boa pessoa, essa é uma má pessoa, você pode ir para este lugar e você não deve contar esta história pois ela é ruim'”, afirmou o executivo, segundo o portal Olhar Digital.

🤖 @ericschmidt , the founder of @schmidtfutures (and former chairman, CEO, executive chairman and technical advisor at Google), took to Centre Stage to predict the future of AI over the next five years pic.twitter.com/t6Xm7R7Koy

— Collision Conf (@CollisionHQ) June 22, 2022

A declaração vem num momento em que um engenheiro de software do Google foi afastado da empresa justamente por sugerir que uma ferramente de IA da empresa, a LaMDA —Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo— teria ganhado consciência e sentimentos.

Sobre isso, Schmidt disse: “O que acontece é que a LaMDA é assustadora no sentido de que você realmente pensa que está falando com alguém que tem conhecimento. Ela é útil, mas não consciente. Nenhum dos pesquisadores de IA acredita que seja”.

Apesar de tudo, o ex-presidente do Google acredita que há limites, e que um robô não pode ser o melhor amigo de uma criança, nem deixar que as inovações mudem nossas vidas. Ressaltou ainda que os “humanos não podem deixar as máquinas decidirem se vão atacar pois isso é perigoso”.