Tech 29 Jul
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, nesta segunda-feira (1º), que o Brasil vai receber da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) um antiviral para o combate ao surto de varíola dos macacos (Monkeypox) no país.
De acordo com Queiroga, o remédio é o antiviral tecovirimat, que se mostrou promissor em estudos científicos ao reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.
O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil 🇧🇷. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento.
— Marcelo Queiroga 🇧🇷🇧🇷 (@mqueiroga2) 1 de agosto de 2022
Pesquisas publicadas na revista científica "The Lancet Infectious Diseases", do grupo "The Lancet", apontaram que os pacientes tratados com o tecovirimat tiveram duração dos sintomas e expeliram vírus por menos tempo pelo trato respiratório superior.
O Ministério da Saúde não informou mais detalhes sobre como vai acontecer a distribuição do medicamento, quantas doses vão ser importadas e quais grupos de pacientes, de fato, serão contemplados em um primeiro momento.
Monkeypox no Brasil e no mundo
Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou 1.369 casos confirmados de varíola dos macacos. São Paulo é o estado com mais notificações (1.031). Rio de Janeiro (169) e Minas Gerais (63) ocupam a 2ª e 3° posições, respectivamente.
No mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde pública, de caráter global. Neste final de semana, o estado de Nova York, nos Estados Unidos, declarou estado de emergência para a doença.
Transmissão e sintomas
A varíola dos macacos pode ser transmitido por meio de gotículas, do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas.
O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Os sintomas costumam ser: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias.
Os infectados também apresentam erupções cutâneas na face, palmas das mãos, solas dos pés, além de lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença costuma durar de 14 a 21 dias.
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